Embaixador defende volta da competitividade e reindustrialização do Brasil

Brasília – O Embaixador Rubens Barbosa, Diretor Presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (IRICE) defendeu nesta segunda-feira, 2, a revisão da estratégia de negociação comercial e recuperação da voz do Brasil na Política Externa como elementos para aumentar a competitividade e reindustrialização do país. Barbosa participou do 13° Painel do Ciclo de Debates "O Brasil e a Ordem Internacional: Estender Pontes ou Erguer Barreiras?" promovido pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado Federal.
03/10/2017 15h42

Agência Senado

Embaixador defende volta da competitividade e reindustrialização do Brasil

O evento contou ainda com a participação do ministro Benoni Belli, Secretário de Planejamento Diplomático do ministério das Relações Exteriores e os dois debateram acerca do Lugar do Brasil em um mundo de transformações

Na avaliação de Rubens Barbosa, “o Itamaraty está voltando a ganhar prestígio interno que está começando a fortalecer novamente o país externamente. E isso passa pela compreensão de que cada vez mais a agenda externa influi na agenda interna”, explicou. Ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos e no Reino Unido, ele afirmou que “o Brasil tem que defender os seus interesses como fazem todos os países. Não podemos continuar a reboque dos outros”, disse. 

Para a presidente da CREDN, “discutir o lugar do Brasil no mundo atual é fundamental para planejarmos o futuro da nossa inserção global, não apenas em temas comerciais, mas também nas agendas de segurança, migrações, meio ambiente e cooperação”. Bruna Furlan destacou ainda o trabalho realizado pela CREDN na aproximação com o Corpo Diplomático estrangeiro e o fortalecimento da diplomacia parlamentar. “Buscamos contribuir para essa maior inserção do Brasil na cena internacional”, concluiu. 

Já o Embaixador Benoni Belli, defendeu a adoção de uma “visão de país” para o Brasil. “Algo que não esteja circunscrito aos gabinetes de Brasília, pelo contrário, que inclua estados e municípios. Estes são estratégicos e precisam contar com conexões melhores em termos de infraestrutura como rodovias, ferrovias e hidrovias, para atrairmos os investimentos que casam com o interesse nacional”, explicou. 

Além disso, Belli chamou a atenção para a agenda comum regional que inclui o combate ao narcotráfico e ao crime organizado. “Este combate não depende apenas do Brasil, mas envolve todos os seus vizinhos e o futuro do nosso país está atrelado ao desenvolvimento regional. Não podemos falar apenas de liderança, mas de compartilhamento. Precisamos oferecer soluções e receber soluções”, defendeu. 

Ele concluiu reiterando que “o interesse nacional do Brasil leva em conta o interesse nacional dos seus vizinhos. Uma região estável é fundamental para todos”, concluiu.

 

 

 

 

 

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