Embaixador de Angola pede apoio para regularizar refugiados

Brasília – O Embaixador de Angola no Brasil, Nelson Manuel Cosme, pediu o apoio da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, para o futuro acordo de regularização dos ex-refugiados angolanos que fugiram para o Brasil entre os anos 70 e início dos 2000.
17/05/2017 17h43

Benjamin Sepulvida

Embaixador de Angola pede apoio para regularizar refugiados

Embaixador de Angola discute situação de ex-refugiados que vivem no Brasil na CREDN

Brasília – O Embaixador de Angola no Brasil, Nelson Manuel Cosme, pediu o apoio da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, para o futuro acordo de regularização dos ex-refugiados angolanos que fugiram para o Brasil entre os anos 70 e início dos 2000, por conta da guerra civil naquele país. Segundo ele, “cerca de dez mil pessoas vivem no Brasil onde já constituíram família, mas com outros nomes por conta do conflito interno do qual escaparam. Agora, precisamos devolver essas nacionalidades e estamos negociando com o Brasil um acordo”, explicou. 

Bruna Furlan reconheceu o caráter humanitário do problema e junto com a deputada Rosangela Gomes (PRB-RJ), presidente da Frente da Mulher da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), prometeu estudar a matéria e priorizá-la quando enviada para apreciação pela CREDN. “Até lá, os dois países terão de negociar as condições para que este acordo seja firmado. Há uma série de questões que precisam ser pontuadas para que os problemas sejam superados e essas pessoas resgatem a identidade angolana que tinham”, afirmou.

Para Rosangela Gomes, “precisamos aproveitar que o Brasil preside a CPLP neste momento para acelerarmos o processo. Conheço o drama, pois 90% dos angolanos que fugiram da guerra vivem no Rio de Janeiro e além das questões humanitárias, existem outras que dizem respeito a patrimônio, herança e família, que devem ser solucionadas”, explicou.

A presidente da CREDN também se comprometeu a conversar com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, sobre as negociações que ainda serão iniciadas. “Acredito na sensibilidade do nosso chanceler. Tanto ele como eu sabemos que ninguém foge de uma guerra por que quer”, concluiu.

  

Jornalista responsável: Marcelo Rech

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