Embaixador da Palestina reitera apelo pela paz no Oriente Médio

O Brasil foi um dos primeiros países da América Latina a reconhecer o Estado da Palestina, em 2010, nas fronteiras de 1967, e defende a solução de dois Estados para o conflito, que envolve garantir a existência de um Estado israelense e de um Estado palestino.
18/12/2024 17h06

Assessoria de Imprensa CREDN

Embaixador da Palestina reitera apelo pela paz no Oriente Médio

Brasília – A retomada do processo de paz entre Israel e Palestina e a estabilidade do Oriente Médio, foram tratados pelo Embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, que nesta quarta-feira, 18, se reuniu com presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, Lucas Redecker (PSDB-RS).

Os dois também conversaram sobre a aprovação pela Assembleia Geral da ONU, de resolução para que, em junho de 2025, seja realizada uma conferência internacional sobre a Solução de Dois Estados, medida tradicionalmente defendida pelo Brasil e que prevê o reconhecimento recíproco dos estados de Israel e da Palestina e a convivência pacífica entre ambos.

Para o presidente da CREDN, “este é um tema que precisa ser tratado com profundidade e seriedade. Historicamente, o Brasil mantém relações com todos os principais atores na região e deve participar de todos os esforços possíveis para que, primeiro, haja um cessar-fogo e, em seguida, sejam retomadas as negociações para que se alcance uma paz duradoura”, defendeu.

De acordo com Ibrahim Alzeben, “a causa palestina não é uma questão de direita ou de esquerda. Politizar a nossa causa é desumanizá-la”, afirmou. O Embaixador palestino pediu para a CREDN promover uma discussão sobre o tema no próximo ano e chamou a atenção para questões geopolíticas que poderiam estar por trás do conflito, como as enormes reservas de gás encontradas na Síria, Líbano, Israel e Palestina. “O problema não o Hamas, o Hezbollah ou o Irã, mas os interesses daqueles que negam a nossa existência”, sublinhou.

“É muito importante construir um ambiente que permita às partes, voltar à mesa de negociação, partindo das convergências, para que se busque a paz e, com ela, o desenvolvimento para todos. Lamentavelmente, o povo palestino paga com a vida, uma conta que não é sua”, concluiu Redecker.

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