Em setembro, Amorim e Mauro Vieira falarão na CREDN sobre Venezuela
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, Celso Amorim, deverão comparecer à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) em setembro, para falarem sobre denúncias de fraudes envolvendo o processo eleitoral na Venezuela e a postura brasileira.
Um acordo entre governo e oposição permitiu que os requerimentos apresentados pelo presidente da CREDN, Lucas Redecker (PSDB-RS), fossem aprovados, nesta quarta-feira, 28, por se tratarem de convites, encampando os demais. Pelo entendimento, Mauro Vieira será ouvido primeiro, no dia 10, uma terça-feira. Celso Amorim virá em seguida e será recebido na CREDN, no dia 11, quarta-feira.
No total, a CREDN recebeu cinco requerimentos de convocação do ministro Mauro Vieira, e dois do assessor especial, Celso Amorim. O deputado Mário Frias (PL-SP) afirmou que “o mais importante é que possamos tratar deste assunto e debatê-lo. Caso as duas autoridades não compareçam nestas datas, então iremos reapresentar os requerimentos de convocação”, assinalou.
“Os olhos da comunidade internacional estão postos na CREDN. Não podemos mais adiar este debate. A situação venezuelana impacta toda a região, inclusive com o aumento nos fluxos de pessoas que fogem daquele país”, reforçou o deputado General Girão (PL-RN), que presidiu a reunião.
Repúdio
A CREDN aprovou, ainda, cinco moções de repúdio contra o regime venezuelano, as fraudes denunciadas por organismos internacionais e as perseguições e prisões arbitrárias no contexto pós-eleitoral. A base governista votou contra as propostas.
Além disso, foram aprovados três requerimentos para a realização de audiências públicas para tratar, também, de Venezuela. Do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), que prevê encontro com o Embaixador Celso Amorim e a Embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira; além do candidato de oposição Edmundo González Urrutia e a líder opositora María Corina Machado, em eventos separados.
Lucas Redecker propôs audiência pública com a chefe da missão de observação das eleições venezuelanas, do Centro Carter, dos EUA, Jennie K. Lincoln. Desde a sua fundação, em 1982, o Centro Carter, com sede em Atlanta, já participou de 124 eleições em 43 países, atuando sempre como entidade convidada.
Assessoria de Imprensa - CREDN