Deputados se reúnem com Embaixadora da Espanha por caso Vini Junior
Brasília – Os ataques racistas sofridos pelo jogador Vinícius Junior foram tratados nesta terça-feira, 30, pelo deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) com a Embaixadora da Espanha, Mar Fernández-Palacios. O Ouvidor-Geral da Câmara, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), também participou do encontro.
De acordo com Paulo Alexandre, “as relações entre os dois países são históricas e sólidas. Este foi um caso isolado, que não pode contaminá-las. O nosso objetivo é iniciar um diálogo, por meio da Embaixada, no sentido de contribuirmos com ações que visam pôr fim ao racismo e aos crimes de ódio no Esporte, além de reforçar a proteção aos mais de 80 mil brasileiros que residem naquele país”, afirmou.
“A sociedade espanhola não é uma sociedade racista”, destacou a Embaixadora. Ela revelou que os detidos pelos ataques responderão pelo crime de ódio, de acordo com a legislação espanhola. A Embaixadora lembrou, ainda, que em 9 de maio, os respectivos ministérios da Igualdade firmaram um acordo para reforçar o combate ao racismo, xenofobia e formas correlatas de discriminação.
FIFA
Carlos Sampaio, por sua vez, sugeriu que a Espanha adotasse medidas como o Estatuto do Torcedor, implementado no Brasil em 2003. Entre outras coisas, este instrumento responsabiliza os torcedores e os clubes por casos como os de racismo, por exemplo.
Na sua avaliação, “este pode ser um primeiro passo na cooperação entre os dois países, voltada especificamente para o combate a todo tipo de violência no Esporte”, salientou. “O Brasil evoluiu muito desde a adoção do Estatuto do Torcedor e hoje há mais consciência por parte das torcidas quanto ao respeito pelos atletas e clubes”, pontuou Paulo Alexandre.
No mês de junho, a Seleção Brasileira deverá jogar contra o Senegal, em Barcelona, pela data FIFA. “Esta pode ser uma grande oportunidade para que Brasil e Espanha iniciem ações conjuntas de combate aos crimes de racismo, xenofobia e ódio”, defendeu o presidente da CREDN.
O deputado lembrou, também, que os parlamentos Europeu e da Espanha responderam às preocupações externadas por ele na última semana. As presidentes do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e do Congresso dos Deputados da Espanha, Meritxell Batet, coincidaram em que é preciso unir forças para combater esses ataques e que tanto a União Europeia como a Espanha possuem legislações modernas sobre o tema.
Assessoria de Imprensa - CREDN