Deputados pedem cassação dos brevês dos pilotos do Legacy que colidiram com o avião da Gol em 2006
Durante o debate sobre a colisão do jato americano Legacy 600 com o Boeing 737 da Gol, os deputados acordaram em apresentar uma moção dirigida ao Congresso Americano na tentativa de sensibilizar o governo americano a aplicar as sanções cabíveis aos pilotos.
A presidenta da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, deputada Perpétua Almeida (PCdoB/AC), afirmou que vai pessoalmente procurar a Comissão de Direitos Humanos e Minoria para que, conjuntamente, trabalhem para cobrar uma punição aos pilotos americanos, que já foram responsabilizados pela justiça brasileira pelo acidente aéreo. “Vou pedir o apoio do MRE e da Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Vamos trabalhar para que essa tragédia não seja esquecida. Precisamos que haja uma punição”.
O deputado Dimas Ramalho (PPS-SP), autor do debate, afirmou que a negligência dos pilotos norte-americanos do jato Legacy já foi comprovada por todos os órgãos brasileiros que investigaram o caso. Segundo o deputado, os pilotos ainda não sofreram nenhuma sanção e continuam trabalhando normalmente. “Não vamos aceitar que esqueçam esse caso. São quase seis anos esperando uma decisão americana. É de extrema importância buscar punição e resolver esse caso”, defendeu o deputado.
A diretora regional da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Rosane Prates de Amorim Gutjahir, afirmou que o governo norte-americano não puniu os pilotos Joseph Lapore e Jan Paul Paladino, envolvidos na colisão aérea. Segundo ela, a decisão americana de não punir os pilotos aumenta a “dor dos parentes” que ainda esperam por justiça. “É preciso respeitar a soberania nacional e que os americanos cumpram à lei. Precisamos dar um basta na falta de punição”, defendeu Gutjahir.
Participaram do debate, também, representante do Ministério Público Federal, o Procurador Regional da República da 1ª Região, Osnir Belice, e o diretor de Operações de Aeronaves, representando a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Carlos Eduardo Magalhães Silveira Pellegrino.
Assessoria de Imprensa - CREDN