A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou o requerimento dos deputados federais Carlos Alberto Leréia e Stepan Nercessian que solicitam que o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, promova a iniciativa de o Brasil reconhecer o genocídio contra o povo armênio durante a Primeira Guerra Mundial.

O massacre foi marcado pela matança generalizada e a deportação forçada de mais de um milhão de pessoas de origem armênia que viviam no Império Otomano. A ação perversa tinha o objetivo de arruinar a vida cultural, econômica e ambiente familiar dos armênios.

Para o deputado Carlos Leréia, é importante que o governo brasileiro se posicione ao reconhecimento do massacre armênio diante de organismos internacionais. “É de suma relevância o Brasil reconhecer essa carnificina contra a população armênia, principalmente no momento em que os direitos humanos estão em destaque, seja através de discursos ou nas recentes ações desenvolvidas pelo Brasil”, disse.

A data da carnificina é marcada no dia 24 de abril de 1915 em razão da data que dezenas de lideranças armênias foram presas e massacradas em Istambul. O primeiro país que reconheceu o fato lamentável foi o Uruguai em 1965.