Deputada venezuelana diz na CREDN que papel do Brasil na crise é triste
Foto: Marcelo Rech
Eduardo Barbosa acompanha a deputada Maria Corina Machado no Plenário da Câmara dos Deputados
"O mais duro de tudo foi o que fez o embaixador do Brasil. Foi o mais doído", revelou. Como ela não pôde falar como parlamentar da Venezuela, discursou no tempo cedido pelo representante do Panamá na OEA. Por conta disso, teve o mandato cassado. O diplomata Breno Dias da Costa atua como Representante Interino do Brasil na organização.
Durante reunião na CREDN, Maria Corina Machado explicou que a Venezuela com uma inflação oficial de 54%, vive um clima de total insegurança e domínio dos poderes públicos por agentes civis e militares cubanos. Ela afirmou que cerca de duas dezenas de generais cubanos atuam em toda a estrutura do Estado, incluindo as Forças Armadas. Ressaltou ainda que o narcotráfico está presente dentro e fora do governo.
Ela foi convidada a participar de audiência pública a ser realizada pela Comissão para discutir as relações do Brasil com a Venezuela, em especial, a crise política interna e aceitou. No entanto, pediu à CREDN para dar conhecimento do convite à embaixada brasileira em Caracas. Segundo ela, o risco de ser presa pelas forças governamentais é permanente.
Maria Corina Machado também enfatizou que a UNASUL não é a instância apropriada para tratar do assunto. "E não é confiável também, pois nunca foi neutra neste assunto. O que posso garantir é que não haverá desmobilização popular contra o regime", explicou.
Eduardo Barbosa informou que a CREDN se posicionará formalmente após a realização da audiência pública em que também serão ouvidos representantes do governo venezuelano. "Com um cenário mais claro, poderemos deliberar acerca de uma moção em relação a esta crise que preocupa toda a região", afirmou.
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