Deputada Perpétua Almeida representa o Parlamento nas eleições do Timor Leste

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), presidenta da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, está no Timor Leste como observadora internacional das eleições parlamentares naquele país. A deputada, indicada pela Presidência da Câmara dos Deputados, representa o Parlamento Brasileiro nas celebrações pelos dez anos da independência daquele país, um dos mais jovens e pobres do mundo que resguarda o orgulho de ter restabelecido a paz depois de décadas de conflitos, embora ainda tenha que provar que pode garantir seu desenvolvimento e sair da pobreza endêmica.
05/07/2012 15h29

Perpétua Almeida e a deputada Janete Pietá, que representa o Brasil na Comissão de Países de Língua Portuguesa (CPLP), foram recebidas nesta quarta-feira pelo ex-presidente e Prêmio Nobel da Paz, José Ramos Horta, herói vivo da resistência e luta pela libertação do Timor Leste. Lá, cerca de 70% da população dependem dos programas oficiais que incentivam o artesanato, pequenos negócios e educação. Em seguida, a recepção foi do presidente da República Democrática do Timor, Taur Matan Ruak, empossado no cargo no dia 20 de maio. “Espero que todos os partidos aceitem o resultado (das eleições). Precisamos caminhar para a composição de um governo ainda mais pacífico”, disse o presidente timorense.

As parlamentares informaram que há enorme interesse dos timorenses em implantar, com a ajuda brasileira, o sistema de votação eletrônica a partir de 2014. A presidenta da CREDN intermediará a troca de informações entre as autoridades timorenses e a Justiça Eleitoral do Brasil. Há três mil observadores, dos quais 600 estrangeiros, para as eleições que ocorrerão no próximo fim de semana.

O Timor Leste teve um terço de sua população dizimada ao ser invadido pela Indonésia três dias depois de decretar a sua independência, num dos episódios mais tristes e cruéis do Século XX narrado no documentário “O Massacre que o Mundo não Viu”, protagonizado pela atriz Lucélia Santos.

Hoje, do total de um milhão e duzentos mil habitantes, apenas 400 mil estão aptos a votar. Apesar de o voto ser em lista fechada, um em cada três nomes é de mulher.

O Brasil está presente no auxílio à reconstrução do país, por meio  do Serviço Nacional de Apoio à Indústria, que treinou mais de 2 mil pessoas nos últimos anos.

“O país é pequeno, menor que o estado de Sergipe. Tudo muito simples e pobre.  Muito do que se tem foi construído com o esforço e a ajuda de países estrangeiros. Nos impressiona o sentimento de resistência, luta, heroísmo, orgulho deles pela independência. Estou levando a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados a esses lugares que precisam de nós e que necessitamos conhecer melhor. Os países ricos e confortáveis visitarei como turista quando e se puder”, disse Perpétua.

“Tenho a mesma sensação de quando fui ao Haiti. As autoridades têm sempre uma expectativa muito grande com a contribuição e solidariedade que o Brasil pode dar. Muito me emocionou em saber, já no aeroporto, que o presidente do país nos aguardava para audiência. Isso nos dá noção de nossa responsabilidade aqui como representantes do Parlamento brasileiro, já que fomos a única delegação a ser recebida pelo presidente, mesmo com a presença de delegações de outros países", narrou a deputada Janete Pietá.

 

Assessoria de Impensa - CREDN