Denúncias do ex-chefe da Inteligência de Chávez no radar da CREDN
Brasília – A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) aprovou nesta quarta, 26, indicações do deputado Gustavo Gayer (PL/GO), ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, sugerindo que determine ao Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, a adoção de medidas investigativas quanto às denúncias do ex-general venezuelano Hugo Carvajal, acerca de suposto financiamento político internacional com possíveis repercussões no Brasil. O mesmo foi aprovado para que o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, também investigue as denúncias.
Em delação premiada fechada com o Departamento de Justiça dos EUA, Carvajal assegurou que o regime chavista financiou líderes e partidos políticos latino-americanos. “Carvajal afirmou possuir documentos que comprovariam a existência de uma rede internacional de financiamento político ilícito promovida pelo governo da Venezuela, com repasses a partidos e lideranças de esquerda na América Latina e na Europa, incluindo o Brasil”, destacou o deputado.
De acordo com Gustavo Gayer, “as transferências teriam ocorrido por meio de malas diplomáticas, empresas de fachada e recursos movimentados por embaixadas, o que, se comprovado, configura grave violação das normas internacionais e ameaça à soberania e à integridade institucional de diversos Estados”, explicou.
Repúdio
Também por iniciativa do deputado Gustavo Gayer, a CREDN aprovou Moção de Repúdio à decisão do Presidente da República de manifestar “solidariedade” à Venezuela em reunião da CELAC, na Colômbia, como gesto político de apoio ao regime de Nicolás Maduro. Na sua avaliação, “o ato de solidariedade à Venezuela representa um grave descompasso com os princípios que tradicionalmente nortearam o Brasil”.
Na mesma reunião, foi aprovada Moção de Repúdio à onda de violência e perseguição contra cristãos na África, em especial na Nigéria e no Sudão, por iniciativa do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL/SP), “conclamando a comunidade internacional – em especial organismos multilaterais e governos parceiros – a agir com firmeza para pressionar as autoridades locais na proteção das populações cristãs e na responsabilização dos autores desses crimes”, afirmou.
Assessoria de Imprensa – CREDN