CREDN vai discutir as condições de detenção e deportação de brasileiros pelos EUA

Entre 2020 e 2021, 1.304 brasileiros foram deportados dos EUA, sendo 90 deles, crianças e adolescentes menores de 18 anos. Há relatos de brasileiros submetidos à prisão, humilhação, maus tratos, frio intenso, privação de medicamentos, alimentação e higiene pessoal, e impossibilidade de comunicação com seus familiares
11/05/2022 18h40

Paulo Sérgio

CREDN vai discutir as condições de detenção e deportação de brasileiros pelos EUA

Brasília  - Os impactos da imigração e as condições de detenção e deportação de imigrantes brasileiros pelos EUA, serão discutidas em audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN). Para tanto, a CREDN aprovou nesta quarta-feira, 11, requerimento do deputado Leonardo Monteiro (PT-MG).

De acordo com o parlamentar, “a grande crise vivida pelo Brasil nos últimos anos, as altas taxas de inflação e desemprego, e a carestia vivida pelos brasileiros, reacendeu a grande chama da imigração, onde milhares de brasileiros buscam terras estrangeiras atrás do sonho de mais oportunidades e uma vida melhor”, afirmou.

“No entanto, em janeiro de 2022, um novo e preocupante perfil foi revelado, em um voo com 201 deportados, 90 eram crianças e adolescentes menores de 18 anos. A quantidade de menores deportados é inédita, e segue a rigorosa linha contra a imigração ilegal adotada pelo ex-presidente Donald Trump, e mantida no atual governo de Joe Biden”, explicou o deputado.

De acordo com a Polícia Federal, entre 2020 e 2021, foram 1.304 brasileiros repatriados, em deportação vindos dos EUA. “Com a crescente onda de prisões e deportações, também tem crescido o número de denúncias de humilhação, racismo, e maus tratos sofridos por brasileiros ao tentar cruzar a fronteira, além dos abusos sofridos pelos imigrantes nos centros de detenção americanos, inclusive nos vôos de deportação”, apontou.

Leonardo Monteiro sugeriu que sejam convidados os pesquisadores Sueli Siqueira, da Universidade Vale do Rio Doce, UNIVALE, e Julio da Silveira Moreira, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, UNILA, além de um representante do Ministério das Relações Exteriores brasileiro.

 

Assessoria de Imprensa - CREDN