CREDN realizará audiência para debater os dez anos da presença brasileira no Haiti
Foto: Laycer Tomaz (CD)
Evento contará com a presença de representantes dos ministérios da Defesa, Relações Exteriores, Justiça e Trabalho
O deputado reconhece que o terremoto de 2010 que matou mais de 300 mil haitianos e desalojou cerca de um milhão, representou um forte retrocesso no processo de reconstrução do país, mas afirmou que "o Brasil não pode permanecer com tropas no Haiti indefinidamente. Está claro que a MINUSTAH não conseguiu transformar o país, tanto que as pessoas buscam abandoná-lo a qualquer preço e risco", afirmou.
Na oportunidade, também será debatida a política do governo brasileiro para conter a entrada ilegal de haitianos no Brasil. Por mês, são concedidos cerca de mil vistos para nacionais daquele país.
De acordo com Perpétua Almeida (PCdoB-AC), há três anos este ciclo migratório teve início e mais de 20 mil refugiados ingressaram no Brasil. "O Acre, um dos estados mais pobres do país, deu guarida, assistência social, cuidados básicos de saúde, alimentação e assistência humanitária. Eles foram atendidos com honradez e dignidade, mas o Acre não possui uma cadeia econômica e produtiva capaz de absorver esta mão de obra", destacou.
Já o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), quer ouvir o ministro do Trabalho, Manoel Dias, para saber como o governo federal pretende disciplinar este processo "de forma a garantir aos imigrantes haitianos, bem como aos procedentes de outros países em situação similar, o tratamento humanitário e as oportunidades que lhes são devidas", assinalou.
Eduardo Barbosa propôs a realização do evento com a presença de representantes dos ministérios da Defesa, Relações Exteriores, Trabalho e Justiça, e de entidades de defesa dos direitos humanos.
"Desta forma podemos fazer um balanço dos dez anos da MINUSTAH, e ainda identificar alternativas para cessar o tráfico de pessoas e encontrar meios que possam viabilizar economicamente o Haiti para que a missão da ONU possa entregar o país ao controle dos próprios haitianos", concluiu.
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