CREDN pretende discutir venda de reserva de urânio para a China

Reinehr quer entender melhor como se deu a venda da Mineração Taboca, que abriga a Mina do Pitinga, para a China Nonferrous Metal Mining Group.
04/12/2024 15h24

Mário Agra

CREDN pretende discutir venda de reserva de urânio para a China

Brasília – A deputada Daniela Reinehr (PL-SC) teve aprovado na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), nesta quarta-feira, 4, requerimento de audiência pública para tratar da venda daquela que seria “a maior reserva de urânio do Brasil” para uma estatal chinesa.

“Por ser um insumo essencial na produção de energia nuclear e em tecnologias de defesa, a gestão de reservas de urânio tem impacto direto na segurança nacional. A transferência de controle sobre esse recurso para uma estatal estrangeira, especialmente de um país como a China, com interesses geopolíticos globais significativos, requer análise criteriosa”, destacou a deputada.

Reinehr quer entender melhor como se deu a venda da Mineração Taboca, que abriga a Mina do Pitinga, para a China Nonferrous Metal Mining Group. O governo brasileiro, através das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), assegura que a empresa, controlada pelo governo chinês, não tem permissão para explorar urânio no local.

A própria estatal informou que “somente a INB realiza a pesquisa, a lavra e a comercialização de minérios nucleares, de seus concentrados e derivados, e de materiais nucleares, e sobre a atividade de mineração, conforme a lei 14.514/2022”.

Para a deputada, “a sociedade brasileira tem o direito de saber os critérios técnicos, econômicos e geopolíticos utilizados para justificar a venda, além das condições do contrato”. Daniela Reinehr disse, ainda, que “é necessário verificar se a venda está de acordo com o marco regulatório do setor mineral e com as políticas de proteção ao patrimônio estratégico nacional”.

Assessoria de imprensa - CREDN