CREDN lamenta neutralidade brasileira na questão Saharauí
Foto: Gabriela Korossoy - CD
Deputados e autoridades do Saara Ocidental discutiram situação do povo Saharauí em audiência pública
De acordo com o embaixador Paulo Roberto Campos Tarrise da Fontoura, diretor do Departamento de Organismos Internacionais do ministério das Relações, "o Brasil não reconhece a República Saharauí por entender que a solução do problema passa por um entendimento entre as partes, mas mantém diálogo permanente com a Frente Polisário, que luta pela independência do país".
Barbosa explicou que neste momento, o Brasil deve atuar para garantir que a missão das Nações Unidas no Saara Ocidental vele pelo respeito aos direitos humanos. Na sua opinião, "é preciso reconhecer que o Marrocos ampliou as medidas de proteção desses direitos, mas precisa avançar ainda mais permitindo que a MINURSO atue neste campo e o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos possa visitar a região".
Alfredo Sirkis afirmou que a posição do Brasil em relação ao Saara Ocidental difere e muito da postura adotada em relação ao Timor Leste que após a descolonização portuguesa foi invadido pela vizinha Indonésia. "Naquele momento, o Brasil advogou pela inviolabilidade das fronteiras do período colonial", explicou.
Durante o evento, os embaixadores do Marrocos e da Argélia puderam defender seus pontos de vista, bem como representantes dos movimentos sociais solidários com o povo Saharauí. Também participaram do evento o ministro de Assuntos Exteriores Saharauí, Mohamed Salem Salek, o embaixador em Brasília, Mohamed Laarosi, e o cineasta Samir Abujamra, diretor do filme "Sahara – deserto do deserto".
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