CREDN instala grupos parlamentares com Coreia, Turquia, Azerbaijão e Ucrânia
Alexandre Magno
Brasília – A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira, 10, os grupos parlamentares de amizade do Brasil com Coreia do Sul, Turquia, Azerbaijão e Ucrânia. A iniciativa, do deputado Cláudio Cajado (PP-BA), pretende fortalecer a diplomacia parlamentar e contribuir para as relações bilaterais.
De acordo com o Embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Kim Chan-woo, a Frente Parlamentar Brasil – Coreia permitirá que o Brasil explore as grandes oportunidades de negócios com o país asiático. “Trata-se de um grande ativo para as relações entre os dois países. Os parlamentares podem contribuir muito com o diálogo e o avanço em termos de acordos e cooperação”, afirmou.
Este ano, Brasil e Coreia do Sul celebram os 60 anos do início das relações diplomáticas. Além disso, o MERCOSUL negocia um tratado de livre comércio com Seul que poderá ser assinado já no próximo ano. “Apesar das 24h de voo que separam os dois países, farei de tudo para aproximá-los cada vez mais”, destacou o diplomata.
Azerbaijão
Elkhan Polukhov, Embaixador do Azerbaijão no Brasil, também prestigiou a instalação do grupo parlamentar bilateral. Os dois países celebraram em 2018, 25 anos do estabelecimento de relações diplomáticas e também no ano passado, assinaram Memorando de Entendimento entre o Instituto Rio Branco e a Universidade ADA sobre Cooperação Mútua para o Treinamento de Diplomatas.
Na avaliação de Polukhov, “há muitas possibilidades para incrementarmos o relacionamento em todas as áreas. O comércio bilateral é de cerca de US$ 70 milhões e praticamente o Brasil só exporta e compra muito pouco. Queremos avançar neste tema e em uma agenda estratégica”, explicou. O Azerbaijão é um dos países mais ricos em reservas de gás e petróleo e está localizado em uma área geográfica que o obriga a manter Forças Armadas permanentemente adestradas e uma indústria de Defesa importante.
Turquia
Uma das missões do Embaixador Murat Yavuz Ates, é equilibrar e diversificar a pauta do comércio bilateral. Nesta quarta-feira, 10, ele também participou da instalação do grupo parlamentar Brasil – Turquia. Segundo ele, “esse comércio gira em torno dos US$ 3.8 bilhões, dos quais US$ 3.3 bilhões são apenas exportações do Brasil”, afirmou.
Ates explicou ainda que o seu país pretende ampliar as parcerias em Defesa e informou que 18 empresas do setor participaram, na semana passada, da maior feira da indústria de Defesa da América Latina, realizada no Rio de Janeiro. “Esperamos que as empresas brasileiras também participem da nossa feira, em maio, para alavancarmos essa cooperação”, assinalou.
Ucrânia
Rostyslav Tronenko, Embaixador da Ucrânia, afirmou que o encontro entre os presidentes Jair Bolsonaro e Petró Poroshenko, em 24 de janeiro, em Davos, na Suíça, serviu, entre outras coisas, para relançar as relações bilaterais abaladas pelo rompimento do acordo espacial em 2016.
Tronenko explicou que a comunidade ucraniana no Brasil, estimada em quase um milhão de pessoas, já percebe diferenças significativas na condução da política externa brasileira. De acordo com ele, “a Ucrânia paga um preço muito alto por buscar uma relação mais próxima com o Ocidente. Nos últimos cinco anos, temos sido o escudo em defesa do mundo livre”, afirmou.
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da CREDN, destacou a importância dos grupos parlamentares no apoio à execução da política externa brasileira. Já o deputado Cajado, assegurou que os grupos irão discutir com os respectivos embaixadores, uma agenda de trabalho comum para que o relacionamento bilateral seja fortalecido.
Jornalista responsável: Marcelo Rech
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