O envio de vacinas excedentes dos EUA para o Brasil e uma nova postura brasileira em relação ao clima foram os principais temas tratados pelo presidente da CREDN, deputado Aécio Neves (PSDB-MG) com o Embaixador norte-americano no Brasil, Todd Chapman, nesta quinta-feira, 15. O deputado Coronel Armando (PSL-SC),  segundo-vice presidente da Comissão, também participou do encontro.

De acordo com Chapman, lei aprovada pelo Congresso dos EUA impede a doação e venda de doses ao exterior enquanto a vacinação de cidadãos norte-americanos não estiver completa. Segundo ele, “existe a possibilidade de “empréstimo” de vacinas, na linha do que já foi implementado com Canadá e México”, afirmou. O embaixador indicou que o tema segue sob análise de um Grupo Técnico criado pela Casa Branca e reunido em Washington.

Aécio Neves solicitou, ainda, que caso os EUA optem por doar as doses extras para o consórcio COVAX, da OMS, que fosse feita uma recomendação por parte das autoridades do país, para que a organização inserisse, entre os critérios de distribuição de vacinas, o de severidade da pandemia e velocidade de contaminação das populações, prioridades defendidas pelo deputado junto ao Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom, em audiência realizada no dia 1º de abril.

 Clima

Na reunião com Todd Chapman, Aécio Neves também recordou o histórico do Brasil em matéria de política ambiental e a necessidade de se recuperar o espírito da Rio-92 para fazer avançar a agenda multilateral do clima. Nesta direção, ele elogiou a prioridade dada pelo presidente Joe Biden aos temas relacionados à mudança climática.

Aécio Neves reafirmou, igualmente, a importância que o Brasil atribui ao apoio dos EUA para o ingresso do país na OCDE, bem como para superar o impasse na recomposição do órgão de apelação da OMC. Chapman, por sua vez, destacou de forma positiva a carta enviada ao presidente Biden pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro e avaliou que a Cúpula de Líderes para o Clima, marcada para os dias 22 e 23 de abril, será a oportunidade ideal para o Brasil demonstrar que seu posicionamento mudou nas negociações climáticas.

O Embaixador dos EUA elogiou, em particular, o compromisso do Brasil de zerar o desmatamento ilegal até 2030. Chapman reconheceu, também, que a pobreza é o maior vetor da degradação ambiental e que é preciso trabalhar para aprovar, na COP-26, mecanismos efetivos de pagamentos por serviços ambientais e captação de recursos externos.

Assessoria de Comunicação e Imprensa – CREDN