CREDN discute MERCOSUL e o futuro da integração regional

Brasília – O momento político e econômico do MERCOSUL e o futuro da integração regional foram temas de debate nesta quarta-feira, 20, em audiência pública realizada pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados. Por requerimento do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), os embaixadores Antônio Simões, Subsecretário-Geral de América do Sul, Central e Caribe do ministério das Relações Exteriores; Rubens Barbosa, da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp); e Samuel Pinheiro Guimarães, ex-Secretário-Geral do Itamaraty, trocaram impressões e percepções diferentes acerca deste processo.
20/11/2013 19h10

Foto: Antonio Augusto (CD)

CREDN discute MERCOSUL e o futuro da integração regional

Nelson Pellegrino preside audiência que debate o momento político e econômico do MERCOSUL

Segundo Pellegrino, "foi um debate de alto nível, pois saiu das questões meramente ideológicas e focou nos temas concretos dos interesses do Brasil e da integração regional. O Brasil precisa da inserção internacional a partir de acordos que atendam aos seus interesses de desenvolvimento e do desenvolvimento regional".

 

Na avaliação do embaixador Antônio Simões, o Mercosul passa por um "momento de dinamismo" e não de decadência. "O importante é trabalhar pela integração, não para marcar as diferenças. O que nós queremos é uma América do Sul forte. A ideia de que o Mercosul é um acordo incompleto e com muitas exceções é um mito".

 

Já o presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp, Rubens Barbosa, lamentou a opção brasileira e revelou que essa política afeta, por exemplo, as relações com os Estados Unidos. "Saímos de um superávit de US$ 4 bilhões para um déficit de US$ 11 bilhões. Estamos em meio a um processo de desintegração e insegurança. O Brasil está a reboque dos acontecimentos, e precisa assumir um papel de liderança", advertiu.

 

"Acordos podem ser bons ou ruins. O que nós devemos procurar são o equilíbrio e a simetria tendo os interesses do Brasil e da região como prioridades. Desta forma, podemos ter acordos com qualquer país ou bloco", explicou Pellegrino.

 

 

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