CREDN discute financiamento e exportação de serviços de engenharia

Brasília – O financiamento e a exportação de serviços de engenharia foram discutidos em audiência pública realizada pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) nesta quarta-feira, 2, por requerimento do deputado Cláudio Cajado (DEM-BA). “A exportação de serviços de engenharia é atividade considerada estratégica para o país, pois também geram empregos, renda e investimentos em produção e em inovação”, afirmou.
02/07/2014 17h45

Foto: Lucio Bernardo Jr. (CD)

CREDN discute financiamento e exportação de serviços de engenharia

O Brasil é o único país sul-americano do grupo de 15 países com capacidade para exportar serviços de engenharia

Participaram do evento, Dyogo Henrique de Oliveira, Secretário-Executivo Adjunto do Ministério da Fazenda; Luiz Eduardo Melin de Carvalho e Silva, diretor internacional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil; e Fernando José de Camargo, diretor de Investimentos e Finanças Corporativas da LCA Consultores.

De acordo com o presidente da AEB, apenas 15 países são efetivamente exportadores de serviços de engenharia e o Brasil é o único sul-americano nesta lista. “No entanto, os mais agressivos são China, Itália e Espanha e em termos de volumes, Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido e Japão”, explicou. Na sua opinião, o Brasil precisa considerar a exportação do serviço de engenharia como instrumento de política de comércio exterior.

Luiz Eduardo Melin, do BNDES, afirmou que “todos os nossos concorrentes financiam a exportação de bens e serviços de engenharia através de instituições públicas, usando muito mais instrumentos de apoio do que o Brasil. O país avançou na exportação de bens e serviços de alto valor, mas está longe de ser um protagonista mundial”, destacou.

Já Fernando José de Camargo, diretor da LCA Consultores, chamou a atenção para o fato de o Brasil ter apenas 2,3% do mercado internacional de serviços de engenharia que anualmente movimenta cerca de US$ 511 bilhões. Para Camargo, China, Estados Unidos e Espanha, são os principais concorrentes do Brasil.

África e América Latina representam 94% do total das exportações brasileiras de serviços de engenharia (75% no caso latino-americano e 19% no caso africano). “Essas regiões juntas representam 21% do mercado mundial de exportações de serviços de engenharia”, confirmou.

 

 

 

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