CREDN aprova requerimentos para ouvir os ministros da Defesa e das Relações Exteriores

26/03/2025 17h19
Acordo entre os partidos permitiu a aprovação de dois requerimentos de convite aos ministros José Múcio e Mauro Vieira. As audiências públicas ainda serão marcadas, de acordo com as agendas dos ministros.

Alan Santos

CREDN aprova requerimentos para ouvir os ministros da Defesa e das Relações Exteriores

Brasília – A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) aprovou, nesta quarta-feira, 26, dois requerimentos do deputado Filipe Barros (PL-PR), presidente do Colegiado, para que os ministros da Defesa, José Múcio, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, compareçam em audiência pública para detalhar as prioridades de cada pasta para o ano de 2025.

Outros três requerimentos – dois de convocação e um de convite – aos dois ministros, foram retirados da pauta, mas os deputados Zucco (PL-RS), Marcos Pollon (PL-MS) e Albuquerque (REPUBLICANOS-RR) poderão tratar dos assuntos propostos nas respectivas audiências, cujas datas estão sendo negociadas.

De acordo com Filipe Barros, “é fundamental conhecermos quais são as prioridades definidas pelo atual governo, por meio dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, para as nossas Forças Armadas e Diplomacia. O diálogo com os ministros constitui importante tradição adotada pela CREDN, porquanto aporta relevantes subsídios à atuação deste Colegiado e dos seus membros”, explicou.

No caso da Defesa, Barros lembrou que, no dia 10 de fevereiro, o ministro José Múcio afirmou, publicamente, que as Forças Armadas não têm recursos para absolutamente nada. Ainda de acordo com o ministro, o orçamento da Defesa está entre os menores dentre os países da América do Sul. “Na qualidade de instância competente para analisar e deliberar sobre as matérias relacionadas à política de defesa, vamos ouvir, primeiro, o Ministro de Estado para, posteriormente, conhecer as dificuldades de cada uma das Forças Armadas em diálogo com os seus comandantes”, adiantou o deputado.

Em relação à Política Externa, Filipe Barros está preocupado com o fato de o Brasil estar alijado de qualquer negociação de paz em torno dos dois principais conflitos em curso: a guerra no Leste Europeu da Rússia contra a Ucrânia, e no Oriente Médio, entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

No plano regional, citou as dificuldades do MERCOSUL e a crise venezuelana, como desafios que se impõe. Também chamou a atenção para a realização, neste ano, da Cúpula do BRICS, em julho, e da COP30, em novembro, e os seus impactos. “Dono de uma diplomacia internacionalmente reconhecida, o Brasil reúne todas as condições para influenciar as principais decisões, mas são questionáveis as escolhas que o atual governo tem feito”, afirmou.

Assessoria de Imprensa - CREDN