CREDN aprova moções de repúdio por declarações do CEO do Carrefour
Brasília – A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) aprovou nesta quarta-feira, 27, duas moções de repúdio pelas declarações do CEO do Carrefour, de boicotar a carne brasileira e do MERCOSUL. As iniciativas de Lucas Redecker (PSDB-RS) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram aprovadas por unanimidade.
“Um dos principais players mundiais na produção de alimentos, o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do planeta e conta com o compromisso dos produtores e das associações que os representam, com a qualidade do produto brasileiro e o respeito às normas ambientais vigentes”, explicou Redecker ao rechaçar as críticas feitas pelo executivo aos produtos brasileiros.
O presidente da CREDN também endossou as manifestações feitas pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), pela Federação das Associações Rurais do MERCOSUL (FARM) e pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), que classificaram o boicote como ação protecionista, arbitrária e equivocada. O deputado defendeu que o Brasil avalie aplicar o princípio da reciprocidade com retaliações unilaterais no âmbito da OMC.
Já Eduardo Bolsonaro lembrou que a iniciativa guarda relação direta com o desejo do presidente francês Emmanuel Macron de minar a conclusão do Tratado de Livre Comércio MERCOSUL-UE. Na sua avaliação, “a decisão desnuda, ainda, a hipocrisia europeia que critica políticas protecionistas, aplicando protecionismo na veia”, sublinhou.
Para o deputado, a decisão, supostamente tomada por questões ambientais, não se sustenta. Segundo ele, “o presidente francês sabe que o setor rural do seu país não tem condições de competir com os produtos brasileiros, melhores e mais em conta para os consumidores”.
Bolsonaro pediu ao governo brasileiro, o imediato congelamento de todos os projetos e programas desenvolvidos em parceria com a França, incluindo a fabricação de helicópteros e dos submarinos convencional e nuclear. “É preciso que o Brasil adote uma medida à altura das agressões que tem sofrido e em respeito ao agro nacional, motor econômico nacional, gerador de milhares de empregos e de incontestável importância para a nossa grandeza”, concluiu.
Assessoria de imprensa - CREDN