CREDN aprova Moção de Repúdio ao governo venezuelano pela quebra da ordem democrática

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 23, Moção de Repúdio ao governo da Venezuela pela quebra da ordem democrática. A iniciativa dos deputados Benito Gama (PTB-BA), Pastor Eurico (PHS/PE) e Vanderlei Macris (PSDB/SP) destaca ainda a destituição da Procuradora-Geral, Luisa Ortega, e a prisão de opositores políticos, além da “usurpação das funções da Assembleia Nacional pela Assembleia Constituinte”.
23/08/2017 20h25

Foto Benjamim Sepulvida

 CREDN aprova Moção de Repúdio ao governo venezuelano pela quebra da ordem democrática

O debate em torno da proposta durou cerca de 2h. De acordo com Benito Gama, “o Brasil não pode se omitir diante do que acontece na Venezuela. Vários governos e parlamentos já o fizeram. Não estamos contra o povo venezuelano”, afirmou. Ele reiterou ainda que “condenamos da mesma forma, toda e qualquer ameaça de intervenção militar na Venezuela, o que já foi inclusive rechaçado por 11 presidentes de parlamentos da região”, explicou.

 Os deputados Nelson Pellegrino (PT-BA), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Luiz Sérgio (PT-RJ) e Jô Moraes (PCdoB-MG), votaram contra a proposição e defenderam a mediação política do Brasil para que o diálogo entre oposição e governo seja retomada. Na mesma sessão, a CREDN aprovou requerimento do deputado Nelson Pellegrino para que seja realizada audiência pública para ouvir os dois lados.

 Os deputados Vanderlei Macris (PSDB-SP), Heráclito Fortes (PSB-PI), Claúdio Cajado (DEM-BA), Pedro Fernandes (PTB-MA), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Eduardo Cury (PSDB-SP), Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), Pedro Vilela (PSDB-AL) e Rubens Bueno (PPS-PR), defenderam a aprovação da Moção e afirmaram que o governo venezuelano não aceita dialogar e nem mesmo receber ajuda humanitária para a população que enfrenta forte escassez de alimentos e remédios.

 Todos eles criticaram a postura autoritária do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro e cobraram o fim das torturas, da violência, da perseguição e das restrições às liberdades naquele país.

 Já o deputado Arlindo Chinaglia que também é o presidente do Parlamento do MERCOSUL, revelou que está articulando uma discussão ampla na sede na entidade em Montevidéu, envolvendo parlamentares não apenas da Venezuela – oposição e governo -, mas de todos os países membros. Na sua opinião, “é preciso dar voz internacional à Venezuela”.

 

Jornalista responsável: Marcelo Rech

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