Cooperação agrícola e comércio na agenda da CREDN com o Sudão

O Sudão possui um dos maiores potenciais agrícolas, bem como uma das maiores reservas de ouro, do continente africano, entre outros importantes recursos naturais, como petróleo e gás.
11/12/2024 18h07

Assessoria de Imprensa CREDN

Cooperação agrícola e comércio na agenda da CREDN com o Sudão

Brasília – O Embaixador do Sudão no Brasil, Ahmed Eltigani Mohamed Swar, defendeu na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) nesta terça-feira, 10, o aprofundamento da cooperação com o Brasil em matéria agrícola, além do incremento do comércio bilateral e parcerias na área da Defesa. Atualmente, o Sudão importa cerca de US$ 10 milhões em açúcar e maquinário agrícola do Brasil.

No encontro com Lucas Redecker (PSDB-RS), presidente da CREDN, Swar também pediu a reinstalação do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Sudão como forma fortalecer a cooperação parlamentar, enquanto o deputado reconheceu a importância de se retomar as atividades do mecanismo de consultas políticas que se reuniu pela última vez em 2018.

“O Sudão é um grande país que conta com uma localização estratégica no coração da África e que, a exemplo do Brasil, possui cerca de 80 milhões de hectares agriculturáveis. Considerando a forte demanda mundial por alimentos, os dois países podem cooperar muito nesta área”, explicou.

Durante o encontro, Redecker convidou o Sudão para participar das próximas edições da EXPOINTER e da EXPODIRETO, que se realizam anualmente no Rio Grande do Sul. “Nós estamos expandindo a produção agrícola com foco na tecnologia de precisão e este é um modelo que podemos exportar para o Sudão e outros países africanos”, assinalou o deputado.

Crise humanitária

Lucas Redecker também manifestou preocupação com a grave crise humanitária em curso no Sudão, com o deslocamento de mais de 10 milhões de pessoas. De acordo com o Embaixador Ahmed Eltigani Mohamed Swar, “grupos paramilitares travam uma guerra pelo ouro do país”. Ele acredita que, por meio do diálogo e com a intermediação de países como o Brasil, é possível devolver a estabilidade política ao Sudão.

Assessoria de imprensa - CREDN