Comandante defende reaparelhamento da Marinha em audiência na CREDN
Brasília – O Comandante da Marinha, Almirante Eduardo Bacelar Leal Ferreira, defendeu o reaparelhamento da Força com a alocação de R$ 3,2 bilhões por ano para os Projetos Estratégicos, com atenção especial para os programas do submarino nuclear e a construção de corvetas. Nesta quarta-feira, 24, ele falou em audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), da Câmara dos Deputados, em atendimento aos requerimentos da presidente do Colegiado, Bruna Furlan (PSDB-SP) e do deputado Pedro Fernandes (PTB-MA). Na oportunidade, o Almirante revelou que o Orçamento da Marinha hoje é de R$ 2,3 bilhões.
Segundo Leal Ferreira, os programas de desenvolvimento de submarinos, do submarino nuclear e a construção das corvetas da classe Tamandaré são os principais a serem executados pelo setor. Além disso, afirmou que em março de 2018, deverão ser inauguradas as novas instalações da base brasileira na Antártida, destruída por um incêndio em 2012.
Ainda em relação aos submarinos, explicou que o primeiro de quatro submarinos convencionais será lançado em julho do ano que vem e que o segundo tem previsão para ser entregue em meados de 2020. O restante, a partir daí, serão lançados anualmente. O custo total do programa chega a R$ 32 bilhões, dos quais R$ 14 bilhões já foram gastos. Neste orçamento está incluído o submarino nuclear, cuja construção deverá ter início apenas em 2020 devendo estar pronto sete anos depois.
Em relação às corvetas de classe Tamandaré, o Almirante destacou ser uma necessidade, pois representa a evolução da corveta Barroso, atualmente em operação. O tempo médio de vida útil de um navio é de 25 anos, e alguns no Brasil já passaram dos 40 anos de serviço.
Ao final, a presidente da CREDN, deputada Bruna Furlan afirmou que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, também será ouvido sobre os programas da Marinha. Segundo ela, "nós entendemos que não há diplomacia sem um braço militar, e não há como resolver os conflitos sem a diplomacia. Portanto, Relações Exteriores e Defesa Nacional caminham juntas”.
A audiência pública faz parte de um calendário de encontros com os comandantes das Forças Armadas. Na semana passada, a comissão recebeu o comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Nivaldo Rossato. Na próxima quarta-feira, 31, será a vez do Comandante do Exército, General Eduardo Dias Villas Bôas.
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