Chanceler faz balanço da Política Externa Brasileira na CREDN
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Embaixador Mauro Vieira, compareceu à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), nesta quarta-feira, 24, onde fez um balanço dos primeiros cinco meses à frente do Itamaraty. Segundo ele, o forte da atual Política Externa é a “Diplomacia Presidencial”, conduzida pelo presidente da República.
O chanceler também defendeu o reingresso do Brasil à União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) e à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). “O retorno à UNASUL é uma forma de sinalizar a nossa determinação em trabalhar pela revalorização da América do Sul como um espaço de diálogo, paz e cooperação”, afirmou.
“Quanto à CELAC, trata-se de um espaço privilegiado para a concepção de iniciativas concretas de cooperação em áreas em que temos desafios comuns, como saúde, segurança, cooperação científica e tecnológica, entre tantas outras”, explicou.
Por outro lado, a decisão gerou críticas da oposição. Os deputados Marcel van Hattem (NOVO-RS) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), autores, junto com Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), dos requerimentos que pediram a realização da reunião, lamentaram e consideraram açodada a iniciativa. Já os deputados da situação defenderam as medidas que, segundo eles, guarda relação com os preceitos constitucionais.
MERCOSUL – EU
Presidente da CREDN, Paulo Alexandre defendeu a conclusão do Tratado de Livre Comércio entre o MERCOSUL e a União Europeia, e cobrou autonomia por parte do governo brasileiro na aplicação dos recursos estrangeiros destinados à Amazônia, como forma de evitar eventuais ingerências indevidas.
Neste sentido, Vieira explicou que o Brasil e os demais países do MERCOSUL pretendem apresentar, em breve, uma posição comum sobre as demandas adicionais sobre meio ambiente levantadas pela UE. “Não aceitamos que o meio ambiente seja utilizado como pretexto para exigências despropositadas, para a adoção de medidas de viés protecionista ou, no limite, para retaliações descabidas”, garantiu. Sobre o combate ao desmatamento na Amazônia, ele assegurou que as doações estrangeiras serão geridas pelo Brasil.
Ucrânia
Sobre a posição do Brasil em relação à guerra da Rússia contra a Ucrânia, Mauro Vieira negou que o presidente da República tenha dado declarações ambíguas. Ele afirmou que o Brasil, como membro do Conselho de Segurança da ONU, condenou desde o primeiro momento, a invasão russa.
Disse, também, que os esforços para o restabelecimento da paz na região prosseguem e que o Brasil está à disposição para apoiar os esforços internacionais pela criação de espaços de negociação.
Assessoria de Imprensa - CREDN