Chanceler falará à CREDN sobre Política Externa, BRICS e Estado Islâmico
Foto: Antonio Augusto (CD)
Ministro das Relações Exteriores virá à CREDN em dezembro para fazer um balanço da política externa brasileira
Além do balanço acerca da política exterior do país, Barbosa quer ouvir, além do chanceler brasileiro, o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, a respeito do acordo sobre um novo banco de desenvolvimento no âmbito dos BRICS que deve contar com um aporte de US$ 50 bilhões e um fundo de reservas de cerca de US$ 100 bilhões.
"Nas declarações oficiais, os líderes dos países dos BRICS se dizem desapontados e seriamente preocupados com o atraso nas reformas do FMI e decidiram mandar um sinal que o bloco buscará a construção de um sistema internacional baseado em regras mais apropriadas a países emergentes. Nos interessa conhecer quais são esses novos parâmetros e de que modo oferecem um caminho mais eficaz, eficiente e consentâneo com o interesse nacional", explicou o presidente da CREDN.
Estado Islâmico
O deputado Alexandre Leite se disse preocupado com as declarações da presidente da República que defendeu, nas Nações Unidas, o diálogo como mecanismo de solução de controvérsias com organizações terroristas tais como o Estado Islâmico.
"É extremamente preocupante a intenção demonstrada pelo atual governo ao declarar o desejo de abertura de negociações com uma organização sabidamente terrorista", afirmou. Na sua avaliação, "o governo criou há meses atrás um conflito desnecessário com Israel ao condenar os ataques contra o gripo Hamas na Faixa de Gaza".
Para Carlos Zarattini (PT-SP), a presidente não defendeu negociações com o Estado Islâmico, mas criticou a postura norte-americana para o Oriente Médio e lembrou que os bombardeios desde a guerra do Iraque não produziram nenhum efeito positivo na região.
Na opinião de Alfredo Sirkis (PSB-RJ), "o Brasil poderia jogar um papel mais importante no Oriente Médio e não seria dialogando com o Estado Islâmico". Ele também acredita que a presidente não propôs nenhuma negociação com a organização.
Já Emanuel Fernandes (PSDB-SP) criticou a condução da política externa brasileira e defendeu que o país abandone o clube dos ressentidos do mundo o que o tem aproximado de regimes pouco ou nada democráticos.
A CREDN decidiu ainda transformar em convite o requerimento do deputado Alexandre Leite com o compromisso do ministro Figueiredo de comparecer o quanto antes à Comissão para discorrer sobre esses temas.
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