BRICS é tema de debate no Senado e presidente da CREDN defende consolidação do bloco

O presente e o futuro do BRICS, bloco integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, foram discutidos nesta segunda-feira, 18, no 12º Painel do Ciclo de Debates "O Brasil e a Ordem Internacional: Estender Pontes ou Erguer Barreiras?, promovido pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal (CRE).
20/09/2017 15h55

Agência Senado

BRICS é tema de debate no Senado e presidente da CREDN defende consolidação do bloco

Brasília – O presente e o futuro do BRICS, bloco integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, foram discutidos nesta segunda-feira, 18, no 12º Painel do Ciclo de Debates "O Brasil e a Ordem Internacional: Estender Pontes ou Erguer Barreiras?, promovido pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal (CRE).

Para a presidente da CREDN, Bruna Furlan (PSDB-SP), “trata-se de um bloco que precisa ser consolidado reafirmando a importância dos países emergentes no novo desenho geopolítico internacional”. A deputada entende que “o BRICS cobra uma atenção diferenciada por parte dos países membros, especialmente neste momento internacional conturbado econômica e politicamente”, destacou.

Participaram dos debates os professores Renato Baumann, do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB); Angelo Segrillo, do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP); e Marcos Degaut, Secretário-Adjunto Especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE). Os três reconheceram que o BRICS como bloco ainda não tem objetivos claros, apesar de o agrupamento ter nascido em 2006.

Os países que integram o BRICS respondem por 42% da população mundial, 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta e 53% das reservas econômicas mundiais. De acordo com Renato Baumann, China, Rússia e Índia são possuidoras de armamentos nucleares e a China é muito mais forte economicamente que os demais membros do bloco. Na sua avaliação, o Brasil também precisa decidir o que espera do BRICS.

Na mesma linha, Angelo Segrillo explicou que o BRICS não é um bloco econômico nem uma entidade jurídica institucionalizada e que os países que compõem o grupo são nações grandes e hegemônicas em suas respectivas regiões, porém têm entre si disparidades econômicas e geopolíticas, o que dificulta as relações, principalmente econômicas.

O Secretário-Adjunto Especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Marcos Degaut, reiterou que o BRICS não é um bloco comercial nem uma aliança geopolítica, mas pode ser visto como um instrumento importante de cooperação entre essas nações.

O 13º painel será realizado em 2 de outubro, às 18h, e terá como tema “O lugar do Brasil em um mundo de transformações”.

 

 

Jornalista responsável: Marcelo Rech

E-mail: marcelo.rech@camara.leg.br

Telefones: 61 3216 6741 - 61 98153 2514

www2.camara.leg.br/credn

https://www.facebook.com/crednoficial

https://twitter.com/credena