Brasil será membro associado da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear
Brasília – O Brasil será membro associado da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), cuja sede fica na fronteira entre a França e a Suíça. Para tanto, a CREDN aprovou nesta quarta-feira, 14, dois acordos com a entidade, firmados em 2022.
A medida permitirá o acesso à CERN de pesquisadores e empresas brasileiras e possibilitará a participação desses no desenvolvimento de tecnologias aplicadas em novos materiais, em particular úteis para a indústria 4.0, para o setor aeroespacial, além das diversas áreas de tecnologias emergentes, como os isótopos de saúde.
Segundo Celso Russomano (REPUBLICANOS-SP), relator das matérias, “há mais de 12 anos, vários setores da comunidade científica brasileira e do próprio governo brasileiro identificaram diversas vantagens e o interesse nacional quanto ao estabelecimento de uma parceria com a CERN. Com efeito, as negociações em torno da acessão do Brasil à entidade remontam a 2010, mas somente em 2019 foram efetivadas”, explicou.
O segundo acordo, sobre privilégios e imunidades, é complementar à adesão do Brasil à organização, pois dará àqueles que para lá forem indicados, toda a proteção necessária para a execução de projetos e pesquisas. A CERN já sinalizou que o Brasil poderia atender parte de sua demanda de ímãs supercondutores que fazem uso de nióbio para emprego no Grande Colisor de Hádrons de Alta Luminosidade.
A CERN foi instituída pelo Conselho Europeu para a Investigação Nuclear em 1953, e foi ratificada por Alemanha, Bélgica, Dinamarca, França, Grécia, Itália, Noruega, Holanda, Reino Unido, Suécia, Suíça e a extinta Iugoslávia. Para participar como associado, o Brasil pagará US$ 13 milhões anuais à organização.
Assessoria de Imprensa - CREDN