Brasil quer entrar no mercado mundial de lançamentos de satélites
Brasília – O governo federal, por meio da Agência Espacial Brasileira (AEB) quer o Brasil no mercado mundial de lançamentos de satélites. Para tanto, é preciso viabilizar comercialmente o Centro de Lançamentos de Alcântara (CLA), localizado no Maranhão. No entanto, isso é algo que ainda gera muitas dúvidas e polêmicas por conta da aliança que deve ser firmada com os Estados Unidos.
De acordo com o Brigadeiro André Luiz Fonseca, do ministério da Defesa, trata-se de um mercado de US$ 383 bilhões anuais. E o Brasil ainda conta com as vantagens geográficas do CLA, considerado um dos locais mais vantajosos para esse tipo de atividade.
Nesta quarta-feira, 5, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados realizou mais uma audiência pública para tratar do assunto. Segundo o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), “o acordo de Salvaguardas Tecnológicas com os Estados Unidos, em negociação, é essencial para darmos este passo, pois qualquer foguete no mundo possui algum componente norte-americano”.
Brasil e Estados Unidos retomaram as negociações para um futuro acordo após 16 anos. A proposta que, segundo Alessandro Candeas, diretor do Departamento de Assuntos de Defesa e Segurança do ministério das Relações Exteriores, não fere a soberania nacional, deve ser encaminhada ao Congresso Nacional no primeiro semestre de 2019.
O grande receio dos parlamentares diz respeito à possibilidade de os Estados Unidos vetarem, unilateralmente, determinados lançamentos. Para a maioria dos deputados, é importante que a Câmara dos Deputados acompanhe as negociações e discuta em profundidade a proposta antes de ratificá-la.
Jornalista responsável: Marcelo Rech
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