Bolsonaro assume presidência da CREDN e destaca relações com parceiros tradicionais
Policial federal de carreira, Bolsonaro está em seu segundo mandato e assinalou que os desafios à frente da CREDN serão confrontados “com o espírito público, com respeito às divergências e na promoção do debate democrático”. Ele elegeu a crise humanitária da Venezuela como um dos temas prioritários de sua gestão.
“Trata-se de uma crise que há muito deixou de ser um tema de política interna daquele país e o Brasil jamais irá desrespeitar o princípio da não ingerência. No entanto, esta crise atravessou fronteiras. Entre três e quatro milhões de venezuelanos já abandonaram o país por falta de comida e remédios, só para citar dois itens. Nós podemos, por meio de debates e ações, contribuir com a minimização dos problemas”, explicou.
Mais cedo, ele se reuniu com a Embaixadora Encarregada da Venezuela no Brasil, Maria Teresa Belandria, com quem discutiu aspectos relacionados ao apoio regional ao presidente reconhecido pelo Brasil, Juan Guaidó.
Fronteiras
Eduardo Bolsonaro lembrou ainda a prioridades que será dada às fronteiras. O deputado pretende, inclusive, realizar uma série de audiências públicas nas regiões mais problemáticas, onde o crime organizado se constitui em ameaça à Segurança Nacional. “São 17 mil km com dez país. São nove tríplices fronteiras. Onde deveria haver mais cooperação e desenvolvimento, há criminalidade organizada transnacional”, destacou.
O deputado, que irá acumular ainda a presidência da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), acredita que é preciso fortalecer o tripé Relações Exteriores, Defesa e Inteligência, como políticas de Estado, convergentes, integradas e coordenadas. “As três guardam relação direta com o desenvolvimento nacional, elemento fundamental para a sustentabilidade da nossa soberania”, disse.
“Vamos debater e votar os acordos que projetam internacionalmente o Brasil, promovem o comércio, sedimentam a cultura, e constroem a imagem do país que queremos: forte e estável”, concluiu.
Jornalista responsável: Marcelo Rech
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