Áustria espera maior envolvimento do Brasil no processo de paz entre Rússia e Ucrânia

Responsável pela diplomacia austríaca esteve na CREDN para tratar da guerra Rússia – Ucrânia. Thomas Mühlmann entende que o Brasil pode influir em um processo de paz.
01/10/2025 11h58

Assessoria de Imprensa CREDN

Áustria espera maior envolvimento do Brasil no processo de paz entre Rússia e Ucrânia

Áustria

Brasília – A Áustria espera um maior envolvimento do Brasil no processo de paz envolvendo Rússia e Ucrânia. Foi o que afirmou, na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), o diretor para as Américas do Ministério dos Assuntos Exteriores daquele país, ministro Thomas Mühlmann, em reunião com o deputado General Girão (PL/RN).

De acordo com Mühlmann, “o Brasil reúne totais condições para influir positivamente neste processo”. Na sua avaliação, o trabalho deve priorizar o fim de todas as hostilidades e um cessar-fogo duradouro. A Áustria recebeu, desde o início da guerra, mais de 80 mil refugiados da Ucrânia.

Na avaliação de General Girão, “o Brasil não tem condições de propor nenhuma solução. Hoje, quem tem condições para propor o fim da guerra são os EUA. Até mesmo a União Europeia enfrenta muitas dificuldades para garantir a própria segurança”, explicou.

Girão, por outro lado, reconheceu que a expansão da OTAN, representa um problema para a Rússia e que deve ser discutido com profundidade pelas potências ocidentais. Na sua avaliação, a China também é um ator com peso político, econômico e militar, que deve ser ouvido pelas partes.

“Sugerimos que a UE e a ONU organizem um Encontro de Paz, convidando os dois países envolvidos, bem como os principais atores em volta, incluindo China, Índia, Turquia, EUA, Brasil, dentre outros”, defendeu o deputado.

COP30

General Girão e Thomas Mühlmann, também conversaram sobre a COP30 e a agenda climática. Ambos coincidiram que as expectativas em torno dos resultados do evento são grandes, embora haja preocupação com a organização da cúpula.

O presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen foi o primeiro líder estrangeiro a anunciar que não participará do encontro por conta dos "custos logísticos" e "orçamento restrito". O Embaixador da Áustria no Brasil, Andreas Stadler, que acaba de assumir o cargo, também participou da reunião.

Assessoria de Imprensa – CREDN