Ativista apresenta denúncias contra governo da Venezuela em audiência na CREDN

Brasília – A advogada venezuelana Tamara Suju apresentou, nesta terça-feira, dia 25, denúncias de violações sistemáticas dos direitos humanos contra o governo da Venezuela, em audiência pública realizada pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, em atendimento a requerimento do deputado Rubens Bueno (PPS-PR). Exilada na República Checa desde 2014, Suju afirmou que “há 176 presos políticos no país, 50 deles encarcerados apenas nos últimos dias”.
26/04/2017 15h30

Benjamin Sepulvida

Ativista apresenta denúncias contra governo da Venezuela em audiência na CREDN

Tamara Suju revelou denúncias contra o governo venezuelano apresentadas ao Tribunal Penal Internacional

Diretora do Centro de Estudos e Análise para a América Latina (Instituto Casla), Tamara Suju informou que a entidade denunciou 61 casos à Corte Penal Internacional, totalizando cerca de 600 pessoas torturadas desde o início da Era Chávez. Segundo ela, as torturas atingem homens, mulheres, idosos e até crianças. 

O deputado Rubens Bueno levou o tema para discussão no Parlamento do MERCOSUL, onde esteve na segunda-feira, dia 24, em companhia da venezuelana. “Em Montevidéu, insistimos para a formação de um bloco de pressão, com mais países, que ajude a Venezuela a voltar para o caminho democrático”, revelou. 

Ex-presidente da CREDN, o deputado Pedro Vilela (PSDB-AL) defendeu um posicionamento mais “assertivo” do Brasil em relação à crise política e humanitária naquele país. Na sua avaliação, “deveríamos, como país líder no continente, provocar países vizinhos e forçar o governo Maduro a convocar eleições”. 

Já a presidente da CREDN, Bruna Furlan (PSDB-SP), lembrou que a crise política na Venezuela impacta no Brasil com milhares de refugiados que fogem do país com destino aos estados de Roraima e Amazonas. Ela também criticou o governo venezuelano por não aceitar a ajuda humanitária oferecida por países como Argentina, Brasil e Paraguai e mostrou-se cética quanto à realização de eleições livres. Por fim, parabenizou a advogada “pela coragem de levar essas denúncias ao mundo”.

 

 

 

Jornalista responsável: Marcelo Rech

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