Brasília – Nesta quarta-feira, 27, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) recebeu Gustavo Silva, que foi observador das eleições venezuelanas de 28 de julho, que entregou um relatório sobre o processo e que confirmam a eleição do opositor Edmundo Gonzáles. Ele apresentou, ainda, originais das atas de votação, que o Brasil e outros países exigiram como condição para reconhecerem os resultados.

Silva reuniu-se com os deputados Lucas Redecker (PSDB-RS), presidente da CREDN, e Marcel van Hattem (NOVO-RS). Segundo ele, “neste momento, é preciso exercer pressão sobre o regime. Vários países e parlamentos já reconhecem a vitória da oposição e a posição do Brasil é fundamental neste processo”, afirmou.

Na próxima terça-feira, 3, a CREDN realizará audiência pública sobre o tema e para a qual estão convidados o candidato da oposição Edmundo González, a líder política Maria Corina Machado, e representantes do Centro Carter, do Instituto Atlas Intel, da Missão de Observação Eleitoral e do Portal Votoscopio.

“As informações trazidas pelo Gustavo são fundamentais para entendermos melhor o processo ocorrido na Venezuela. Com 85% das atas em mãos, a oposição prova que venceu com 67% dos votos. E essas atas são as mesmas que o Centro Carter utiliza para referendar o resultado obtido pela oposição”, destacou Redecker.

O deputado também foi categórico quanto ao reconhecimento dos resultados. “Houve fraude e o Brasil não pode, de forma alguma, enviar representante para a posse ilegítima do Maduro em janeiro”, completou. Marcel van Hattem defendeu que a Câmara dos Deputados, a exemplo do que já fizeram diversos parlamentos, também reconheça a vitória da oposição.

Assessoria de imprensa - CREDN