Aprovado na CREDN o Protocolo de Adesão da Bolívia ao MERCOSUL
O texto do Protocolo já foi aprovado nas comissões do MERCOSUL e de Constituição e Justiça. De acordo com o relator da matéria, a Bolívia, além de sua localização estratégica, possui reservas de gás e de lítio, além de outros minerais de valor elevado. Além disso, o Brasil é o principal parceiro comercial da Bolívia, sendo o primeiro destino de suas exportações, em razão da venda de gás natural. Por outro lado, somos o segundo nas importações bolivianas.
“As relações comerciais entre os dois países têm impulsionado o desenvolvimento boliviano, em função da presença econômica brasileira naquele país, no que diz respeito ao superávit comercial, investimentos e remessas de imigrantes. O Brasil recebe 30% das exportações bolivianas e ocupa o segundo lugar entre as importações, atrás apenas da China”, assinalou Vinicius Carvalho.
De acordo com a chancelaria brasileira, as relações bilaterais também abrangem iniciativas nas áreas de cooperação energética, cooperação fronteiriça e combate a ilícitos internacionais, bem como a articulação conjunta em foros regionais e globais.
Nossos principais eixos de integração econômica são nas áreas produtiva, energética e projetos de infraestrutura regional. O Brasil importa 98% do total exportado de gás natural boliviano, enquanto a Bolívia compra manufaturados, entre eles barras de ferro, betume de petróleo, condutores para uso elétrico, tratores, locomotivas, móveis de madeira, arroz, calçados e fungicidas.
“No que diz respeito aos investimentos, eles tendem ao crescimento, em razão da complementaridade das economias brasileira e boliviana. Espera-se que o ingresso da Bolívia no MERCOSUL abra caminho para projetos econômicos como a exploração e o processamento de minérios raros, que é uma das riquezas bolivianas”, explicou o deputado.
Na fronteira, os dois países desenvolvem uma política de integração, com a finalidade de transformá-la em espaços de paz, cooperação e desenvolvimento econômico e social. O Brasil compartilha com a Bolívia uma fronteira de 3.423 quilômetros, e desde 2011 foram criados os “Comitês de Integração Fronteiriça”, com objetivo de buscar soluções para questões das zonas de fronteiras e trazer melhorias efetivas à população local.
Jornalista responsável: Marcelo Rech
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