Aprovada Moção de Solidariedade aos expatriados da Nicarágua

Nos últimos dias, o governo Ortega retirou arbitrariamente a cidadania de centenas de opositores. Entre os expatriados estão líderes históricos da Revolução de 1979 que pôs fim à uma ditadura de 45 anos. Argentina, Chile, Colômbia e México, ofereceram asilo e cidadania para os expatriados
13/04/2023 10h54

Cleia Viana

Aprovada Moção de Solidariedade aos expatriados da Nicarágua

BrasíliaPor unanimidade, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) aprovou, nesta quarta-feira, 12, Moção de Solidariedade aos expatriados da Nicarágua. A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), autora da proposta, espera que o Brasil também receba e acolha quem perdeu a nacionalidade nicaraguense por perseguição política.

Entre as pessoas que perderam a nacionalidade nicaraguense, estão as ex-comandantes sandinistas Mónica Baltodano e Dora Maria Tellez. “O Ortega é a expressão da contra-revolução, calando aqueles que ajudaram a derrubar uma ditadura de 45 anos”, afirmou a deputada.

Durante os debates, vários parlamentares manifestaram apoio à iniciativa e cobraram um posicionamento mais claro por parte do Brasil, de condenação às violações cometidas pelo atual governo da Nicarágua. “Esta Moção de Solidariedade é com todos os 222 nicaraguenses que foram desnaturalizados de forma ilegal, violenta e ditatorial, inclusive os sete candidatos que foram impedidos de concorrer nas últimas eleições”, destacou a deputada.

Ela assinalou, ainda, que o PSOL fechou questão em relação ao tema e afirmou que o apoio internacional aos expatriados é fundamental para que a Nicarágua retorne à normalidade democrática.

 Assessoria de Imprensa - CREDN