Brasília – A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) aprovou, nesta quarta-feira, 2, três requerimentos do deputado André Fernandes (PL/CE) para que o Tribunal de Contas da União (TCU) realize auditoria sobre gastos realizados pela Presidência da República em viagens ao exterior.

O primeiro, diz respeito aos gastos de R$ 168 mil na contratação de uma cantora para um jantar, em Paris, além de outros gastos públicos relacionados com a viagem do Presidente da República à França, nos dias 4 e 5 de junho. O segundo, sobre os gastos públicos com a antecipação da viagem da primeira-dama à Rússia, em maio, e o terceiro, para que o TCU investigue a legalidade do sigilo imposto ao voo da FAB utilizado para o transporte da ex-primeira-dama do Peru, ao Brasil.

“Adicionalmente, requer-se a apuração dos custos de outras viagens internacionais realizadas com ônus à União e que contaram com a presença da senhora Rosângela Lula da Silva, a qual não possui vínculo formal com a Administração Pública nem delegação oficial de competência”, destacou o deputado.

Fernandes enumerou as demais viagens realizadas pela primeira-dama e que devem ser investigadas pelo Tribunal de Contas da União. Decreto de 7 de março de 2024 (DOU) – Viagem a Nova York para participação na 68ª Comissão sobre a Situação da Mulher da ONU; Decreto de 6 de fevereiro de 2025 (DOU) – Viagem a Roma, para o 48º Conselho do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA); Decreto de 18 de março de 2025 (DOU) – Viagem a Paris, para participação na Cúpula "Nutrition for Growth" (N4G); Decreto de 30 de abril de 2025 (DOU) – Viagem com ônus à Rússia, de 2 a 7 de maio de 2025, para compromissos diplomáticos.

Em relação ao voo da FAB ao Peru, para o transporte da ex-primeira-dama do país, Nadine Heredia, condenada por corrupção e lavagem de dinheiro, o deputado explica que “os dados em questão dizem respeito a gastos públicos já realizados, desvinculados de ações militares em curso ou de conteúdos estratégicos que, por sua natureza, exigiriam sigilo”.

Assessoria de Imprensa – CREDN