Aécio Neves teme que crise sanitária se converta em crise humanitária

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados (CREDN), deputado Aécio Neves (PSDB-MG), afirmou que “o Brasil precisa trabalhar para evitar que uma crise sanitária como a que vivenciamos, se converta em uma crise humanitária”
25/03/2021 18h00

Assessoria de Comunicação e Imprensa/CREDN

Aécio Neves teme que crise sanitária se converta em crise humanitária

Brasília – O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados (CREDN), deputado Aécio Neves (PSDB-MG), afirmou que “o Brasil precisa trabalhar para evitar que uma crise sanitária como a que vivenciamos, se converta em uma crise humanitária”. A advertência foi feita ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em audiência pública da CREDN realizada nesta quarta-feira, 24.

Segundo o deputado, “teremos um período pós-pandemia extremamente grave. Essa dicotomia entre saúde e economia, mostrou-se falsa. É preciso acelerar o processo de vacinação, caso contrário, além das dramáticas mortes, ainda teremos mais dificuldades para superar os impactos da pandemia”, afirmou. 

Ernesto Araújo, por sua vez, destacou que o processo de vacinação é de responsabilidade do ministério da Saúde e que o Itamaraty atua apenas para contribuir com a implementação da estratégia definida pelo governo brasileiro. Na oportunidade, ele revelou que três voos da China chegam ao país entre hoje e a próxima sexta-feira, 26, trazendo insumos para a fabricação de 32 milhões de vacinas pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). 

O ministro assinalou, ainda, que em nenhum momento houve paralisação da exportação de vacinas e insumos e que, a partir do segundo semestre, a Fiocruz iniciará a produção de vacinas de forma autossuficiente. Segundo ele, o Brasil é o 5º país em vacinação depois dos EUA, Reino Unido, China e Índia.

Por outro lado, o chanceler reconheceu problemas para a obtenção de vacinas excedentes dos EUA, China, Índia e Reino Unido e apontou restrições impostas pelas respectivas legislações. De acordo com o chanceler, as relações do Brasil com esses países atravessam um excelente momento e alguns ruídos diplomáticos registrados, estão completamente superados e não dificultam o acesso do Brasil às vacinas. 

Ele também defendeu a postura do Brasil que se opõe à quebra de patentes para a fabricação de vacinas, proposta por África do Sul e Índia. “Na OMC, o Brasil está no grupo de países que busca uma solução alternativa à quebra de patentes, uma conquista que deve ser preservada”, explicou. 

Para Aécio Neves, “o Itamaraty tem papel central na superação, pelo Brasil, de determinadas barreiras e obstáculos, e deve atuar na defesa objetiva e pragmática dos interesses do Brasil e, neste momento, nada é mais importante para o interesse do Brasil do que as vacinas”, disse.

Ao final, o deputado fez um apelo ao ministro e ao governo brasileiro: “O centro é sempre o terreno mais fértil para as convergências. E, neste momento, nada mais urgente que priorizar as convergências. É hora de todos olharmos na mesa direção para que o Brasil universalize o acesso da sua população à vacina. Estamos atrasados. Vamos todos fazer o que estiver ao nosso alcance para viabilizar a vacinação”, concluiu o deputado.

 

Assessoria de Comunicação e Imprensa/CREDN