Aécio Neves manifesta preocupação com a deportação de brasileiros de Angola

Governo de Angola deportou brasileiros que atuavam no país como missionários ligados à Igreja Universal do Reino de Deus
19/05/2021 22h40

Gustavo Sales CD

Aécio Neves manifesta preocupação com a deportação de brasileiros de Angola

Brasília – O deputado Aécio Neves (PSDB-MG), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), manifestou, nesta quarta-feira, 19, a sua preocupação com a decisão do governo de Angola de deportar 9 brasileiros que atuavam naquele país como missionários. Outros 25 estariam aguardando a repatriação. 

Na semana passada, o deputado enviou ofícios ao Ministério das Relações Exteriores e à Embaixada de Angola em Brasília. De acordo com o Itamaraty, o governo brasileiro tem acompanhado com atenção os desdobramentos da disputa sobre o controle da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola. 

O chanceler Carlos França assinalou, em resposta à CREDN, que a não renovação dos vistos dos religiosos brasileiros foi fundamentada em decisão do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos de Angola que destituiu o Conselho de Direção do qual faziam parte os brasileiros. “A IURD contesta a decisão das autoridades angolanas e questiona a legitimidade da assembleia que resultou na assunção da nova diretoria”, afirmou o ministro. 

No que diz respeito ao procedimento de deportação e ao tratamento dispensado aos religiosos brasileiros e suas famílias, o Itamaraty informou que trabalhou para evitar que os missionários fossem detidos em centro migratório. Já o Embaixador de Angola no Brasil, Florêncio de Almeida, destacou, em resposta à CREDN, que o tema foi remetido à consideração das autoridades angolanas e que uma resposta será encaminhada em breve à Comissão. 

Aécio Neves assinalou que “o governo do Brasil tem defendido os direitos dos cidadãos e das instituições brasileiros em Angola, prestando assistência consular e efetuando sucessivas gestões, no mais alto nível, em favor da proteção dos religiosos e de suas famílias residentes naquele país e esperamos que, com o devido respeito à soberania e às leis angolanas, a situação possa ser rapidamente resolvida”, concluiu o deputado.

 

 

Assessoria de Comunicação e Imprensa – CREDN