Acordo MERCOSUL – UE é tema de discussões entre membros da CREDN e eurodeputados

As negociações em torno do Acordo de Livre Comércio MERCOSUL – União Europeia foi tema de discussões entre membros da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados e integrantes do Parlamento Europeu nesta terça-feira, 31.
01/11/2017 12h35

Benjamim Sepulvida

Acordo MERCOSUL – UE é tema de discussões entre membros da CREDN e eurodeputados

Brasília – As negociações em torno do Acordo de Livre Comércio MERCOSUL – União Europeia foi tema de discussões entre membros da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados e integrantes do Parlamento Europeu nesta terça-feira, 31. Ambos os lados defenderam a assinatura do tratado ainda em 2017, apesar de alguns entraves quanto aos temas agrícolas.

Na avaliação da presidente da CREDN, Bruna Furlan (PSDB-SP), “a União Europeia e o MERCOSUL negociam desde 1999 e após anos de estagnação, retomaram o diálogo que tem avançado. É preciso que ambos os lados tomem a decisão política de concluir este processo e que o mesmo seja benéfico não apenas para os dois blocos, mas para o sistema multilateral como um todo”, afirmou.

Na próxima semana, negociadores das duas partes voltam a reunir-se em Brasília. Há a previsão de uma última rodada de negociações antes do final do ano em Bruxelas. “É normal que haja divergência em torno de um tratado complexo como este, mas não podemos permitir que as negociações sejam contaminadas por aspectos ideológicos”, assinalou a deputada. “O MERCOSUL quer avançar em uma agenda positiva que o fortaleça ainda mais como mecanismo de integração e a União Europeia olha para o mapa do mundo e enxerga em nós uma região com enorme potencial econômico, comercial e político”, explicou.

Segundo o eurodeputado português Fernando Ruas, “sou um entusiasta do acordo com o MERCOSUL. Faço votos que os obstáculos que ainda possam surgir sejam removidos naturalmente para o bem dos dois”. Ele preside o Grupo Parlamentar UE – Brasil. Já o presidente da delegação para as relações com o MERCOSUL, deputado Francisco Assis, reconheceu que é preciso superar a resistência de alguns países europeus, sobretudo em relação a produtos agrícolas. No entanto, afirmou que acredita em um consenso.

“De fato, há estados membros muito empenhados na concretização desse acordo e há outros com mais reserva, justamente por terem setores agrícolas criando algumas dificuldades. Mas estou convencido de que no final todos os obstáculos serão removidos e que nós acabaremos por concretizar um acordo que é do melhor interesse para UE e para o MERCOSUL”, destacou.

Para Eduardo Barbosa (PSDB-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil – UE, “um acordo como este terá impactos em muitas outras áreas. Não estará circunscrito apenas ao comércio. Portanto, precisamos manter o diálogo de alto nível. Além disso, há um componente político que guarda relação com valores e políticas públicas que aproximam a União Europeia e o MERCOSUL e não podem ficar em segundo plano”, afirmou. 

  

 

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