A Cooperação Brasil-OTAN nos Debates da CREDN
Segundo o requerimento, “para o Brasil, tal cooperação permitiria ter acesso a tecnologias hoje restritas a membros da OTAN, a treinamentos militares específicos e a ações conjuntas das Forças Armadas brasileiras com a organização. Para tanto, o Brasil teria de elevar os gastos na área de defesa em relação ao PIB, mas, em contrapartida, poderia fomentar a indústria de defesa nacional, buscando novos mercados nos países membros da OTAN. O relacionamento bilateral dependeria do conteúdo dos instrumentos de cooperação a serem assinados entre o Brasil e a OTAN, os quais delimitariam o escopo e o nível da coordenação entre os militares brasileiros e aqueles ligados à OTAN”.
Deve-se recordar que, no encontro entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, nos Estados Unidos da América (EUA), em 19 de março de 2019, o presidente Trump afirmou que indicaria o Brasil como aliado extra-OTAN. Sendo assim, fica evidente o apoio dos EUA para o início da cooperação do Brasil com essa importante organização internacional. Em 31 de julho, os EUA efetivaram a designação do Brasil como aliado extra-OTAN.
A audiência pública foi aprovada em meio à visita do deputado Vitor Hugo à sede da OTAN, em Bruxelas (Bélgica), no dia 9 de outubro. Na oportunidade, o deputado reuniu-se com a embaixadora dos EUA junto àquela organização, Sra Kay Bailey Hutchison.
Sobre a reunião, a embaixadora norte-americana escreveu em sua conta no Twitter: “Yesterday I met with Brazilian Federal Deputy @MajorVitorHugo to talk about opportunities for closer ties between NATO & Brazil. We discussed how our @NATO Alliance is based on principles of democracy, individual liberty, and the rule of law – principles that Brazil shares” (https://twitter.com/USAmbNATO/status/1182291291884924928).
Texto: Diego Araujo Campos