A abertura do I Seminário Internacional sobre Saúde e Educação na Terceira Idade foi feita pela deputada Leandre, do PV do Paraná, que é segunda vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa. A parlamentar fez uma retrospectiva das leis que protegem os mais velhos, desde a Constituição de 88. Ela enumerou os desafios desta parcela da população brasileira: preconceito, violência, abandono. Reiterou a importância da promoção do envelhecimento ativo e saudável, mas lembrou que a velhice é heterogênea e os idosos também:

"Uns mais ativos, outros já nem tanto. Uma grande parcela da população dependente, sem autonomia, e você precisa garantir nas políticas públicas atendimento aos mais frágeis, mas também oportunidade para os ativos continuarem exercendo suas atividades."

Essa heterogeneidade também foi destacada por Ricardo Iacub, da Universidade de Buenos Aires. Ele ressaltou os diferentes modelos de velhice e os custos altos da solidão para os idosos. O professor comemorou o fato de que a Terceira Idade não é mais vista somente como fim da vida, mas disse que um de seus temas de estudo, a sexualidade, ainda causa estranheza quando relacionada aos maiores de 60 anos. Ricardo afirma que sexo e amor fazem bem aos idosos:

"As pessoas (idosas) que exercitam mais seu erotismo vivem mais anos, têm um melhor nível de saúde, têm um menor nível de dor."

Um exemplo de envelhecimento ativo aconteceu ao vivo durante o seminário: o deputado Sérgio Reis, do PRB de São Paulo, aos 78 anos, mobilizou a plateia com um pequeno show de repertório sertanejo.

A programação do seminário continua nesta quinta-feira, com mesas redondas sobre políticas públicas para saúde e assistência social e sobre as universidades abertas para a Terceira idade, além da apresentação de artigos científicos.