Ministros prestam esclarecimentos na CMADS
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina foi ouvida pelos parlamentares na última terça (09) em audiência pública conjunta entre as comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, de Defesa do Consumidor, e de Seguridade Social e Família.
Foram mais de seis horas de debate, nos quais diversos assuntos foram abordados, entre eles o aumento de liberação de registros para o uso de agrotóxico na produção de alimentos.
Para a ministra, “os alimentos consumidos pela produção brasileira é de boa qualidade e afirmou que o país precisa parar de hipocrisia no debate do assunto e discutir como dar melhores condições para que todos os agricultores possam usar os defensivos agrícolas de forma correta e sem prejuízo à saúde”.
Já o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participou de reunião conjunta das Comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia. O encontro aconteceu na última quarta (10) e foi proposto pelos deputados Camilo Capiberibe (PSB-AP), Edmilson Rodrigues (Psol-PA) e Alessandro Molon (PSB-RJ).
Na reunião, que durou mais de cinco horas, Salles teve que prestar esclarecimentos a respeito de novos procedimentos e acordos do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O tema mais debatido na reunião foi sobre a polêmica do leilão de áreas de exploração de petróleo na região do Parque Nacional de Abrolhos, na Bahia. A iniciativa foi liberada pelo ministro após a apresentação de laudos técnicos do Ibama apontando risco de contaminação em quatro das sete áreas incluídas no escopo de exploração – as quais devem ser leiloadas em outubro deste ano.
Na audiência, o ministro reforçou, mais de uma vez, a defesa da iniciativa e disse que os pareceres do Ibama não seriam “conclusivos”, por isso, segundo ele, a liberação para a exploração estaria sujeita à decisão do MMA.
Para o presidente da CMADS, deputado Rodrigo Agostinho (PSB/SP), as audiências foram esclarecedoras e trouxeram a necessidade de que todos melhorem o diálogo. Falou ainda, “que os conflitos socioambientais no Brasil são graves e que não se trata somente de um embate político”.