BID quer investir em programas ambientais no Brasil

O diretor de Infra-Estrutura e Meio Ambiente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Roberto Vellutini, reuniu-se, dia 24, na presidência da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados para apresentar os programas do BID voltados para o desenvolvimento sustentável, dentre outros o fundo de US$ 20 milhões para investimentos em assistência técnica na América Latina.

O BID está estruturando seus investimentos na área ambiental em quatro frentes: energia renovável e eficiência energética, biocombustível, crédito de carbono e adaptação às mudanças climáticas.

Vellutini foi recebido pelo presidente da comissão, deputado Nilson Pinto (PSDB/PA), e pelos deputados Luiz Carreira (DEM/BA), Mendes Thame (PSDB-SP), Sarney Filho (PV/MA), Jorge Khoury (DEM/BA) e Edson Duarte (PV/BA).

Ele relatou aos parlamentares uma experiência observada em recente visita ao México, que é o financiamento de casas populares com energia solar, e que poderá ser útil ao Brasil, e ouviu sugestões e consultas dos deputados, tais como a possibilidade de o banco financiar um projeto piloto no sul do Pará e do Maranhão que promovam o reflorestamento e o seqüestro de carbono em áreas alteradas, sugerido pelos deputados Nilson Pinto e Sarney Filho.

O deputado Edson Duarte questionou a possibilidade do BID financiar projetos de combate à desertificação no Nordeste; o deputado Mendes Thame mostrou-se interessado em saber como o banco pode ajudar em projetos de biodiesel e pesquisa de hidrólise de celulose no Brasil; e o deputado Jorge Khoury perguntou se haveria a possibilidade do banco financiar a fundo perdido a elaboração de projetos de cartografia hídrica para o Comitê Nacional de Bacias Hidrográficas.

A todos o diretor do BID afirmou que essas demandas podem perfeitamente ser atendidas, desde que providas de aval do governo federal. Inclusive, agora, ressaltou Vellutini, os financiamentos do BID já não demandam mais contrapartida do governo brasileiro, o que facilita ainda mais a liberação dos recursos.

Os parlamentares ficaram de apresentar suas idéias aos ministérios setoriais para, com o aval da Casa Civil da Presidência da República, poderem implementar projetos com financiamento externo, que irão ao encontro de programas de desenvolvimento ambiental e econômico sustentável.

Foto: Paula Sholl