2008-04-24 Brasileiros devem se preocupar com fenômenos naturais

Brasileiros devem se preocupar com fenômenos naturais


Fenômenos Naturais, a exemplo dos abalos sísmicos ocorridos no Sudeste do país na última terça, dia 22, precisam da atenção especial do brasileiro, afirmam os especialistas em Desastres Naturais, Agostinho Tadashi Ogura, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo e Manuel Iturralde-Vinent, da Comissão Nacional Cubana para o Ano Internacional do Planeta Terra. O tema foi destaque do painel 10 “Desastres Naturais – minimizando os riscos e maximizando a segurança”, no Seminário “Planeta Terra em nossas mãos” que reuniu durante dois dias (23 e 24.04), na Câmara dos Deputados, em Brasília, pesquisadores de diversos países, parlamentares e representantes de embaixadas e ministérios contando com a participação do Ministro da Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende.
Segundo o presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado André de Paula (DEM/PE), para minimizar os riscos “é preciso saber diferenciar os fenômenos que são característicos da dinâmica da Terra, daqueles que são, sim, provocados ou incrementados pelo ser humano, como o aquecimento global, o aumento do buraco da camada de ozônio e os desmatamentos generalizados”.
O Seminário Internacional “ O Planeta Terra em nossas mãos”, sediado no Brasil, para representação da América Latina e Caribe, na abertura oficial do Ano Internacional do Planeta Terra.
Celebrado mundialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) - na Ásia (Japão), Europa (Áustria), África (Tanzânia), Oceania (Austrália), América do Norte (Canadá) e América Latina e Caribe (Brasil) – o Seminário abre oficialmente o Ano Internacional do Planeta Terra e, no Brasil, foi promovido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em parceria com as Comissões de Ciência e Tecnologia; Comunicação e Informa  e com o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Academia Brasileira de Ciências.
Ao todo, 10 painéis abriram a discussão sobre os temas priorizados pela ONU para 2008: Água subterrânea, Grandes cidades, Clima, Crosta e Núcleo Terrestres, Desastres Naturais (Minerais e Energia), Solos, Terra e Saúde e Terra e Vida. Segundo o representante da Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura, Vicente Defourny, a escolha do Brasil para liderar as discussões entre América Latina e Caribe não foi por acaso. A firmação também foi atestada pelo Ministro Hadil Da Rocha Vianna, diretor do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos, que representou o Ministro das Relações Exteriores, Celson Amorim, “o Brasil tem um papel emblemático” afirma.

O tic-tac do Clima – Com a aceleração dos ciclos naturais da terra, “caso não haja redução dos gases poluentes e diminuição dos impactos humanos, principalmente como efeito estufa, o planeta chegará ao final do século com um aumento de 4°C a 6°C na temperatura mundial”, afirma o climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas (Inpe), Carlos Nobre, expositor do primeiro painel do Seminário “Planeta Terra em Nossas mãos”.  Nobre destaca que esses índices são desastrosos, ocasionando inclusive na extinção de muitas espécies e ecossistemas, a exemplo dos recifes de corais. Mas, segundo o especialista, se tomarmos medidas efetivas, como a redução significativa dos combustíveis fósseis, o crescimento a mudança climática, embora já seja inevitável, pode ser amenizada (até 2°C). Para ele, trazer o debate, hora latente no meio científico, à classe política é uma medida importante para responder de forma mais efetiva aos anseios da sociedade.

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Ana Inês, com Agência Câmara