André de Paula ampliará debate sobre desenvolvimento sustentável

Nilson Pinto abraça André de Paula, sob aplausos de ACM Neto (Foto Paula Sholl)

O novo presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS), deputado André de Paula (DEM/PE), eleito e empossado nesta terça-feira 4, afirmou que abrirá o diálogo com organizações não-governamentais e outras entidades da sociedade civil em busca de cooperação. Ele observou que apesar de o meio ambiente ser tema global, os problemas são resolvidos em âmbito local, no município, daí a importância de se ouvir líderes locais. “Daremos espaço para todos trabalharem pela causa do meio ambiente” - disse. A solenidade foi prestigiada pelo líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto.

André de Paula é advogado. Deputado federal pelo DEM de Pernambuco desde 1999, foi vereador do Recife, de 1989 a 1991, pelo PFL; e deputado estadual pelo PFL de Pernambuco, de 1991 a 1999. Licenciou-se do mandato de deputado federal na legislatura 1999-2003, para exercer o cargo de secretário de Produção Rural e Reforma Agrária do Estado de Pernambuco, de 4 de fevereiro de 1999 a 19 de abril de 2002.

Ao passar a presidência para André de Paula, o ex-presidente, Nilson Pinto (PSDB/PA), disse que o intenso trabalho realizado pela CMADS, em 2007, só foi possível devido ao empenho dos membros da comissão e ao apoio da equipe técnica, e desejou que a nova CMADS possa contribuir ainda mais para com o desenvolvimento sustentável.

O deputado Paulo Teixeira (PT/SP) desejou sucesso para André de Paula e parabenizou Nilson Pinto, “que acolheu demandas de todo o país e conduziu a comissão com grandeza”.

O deputado Luiz Carreira (DEM/BA) reconheceu o “grande trabalho feito por Nilson Pinto, que tem capacidade de diálogo e de abertura”, lembrando que 2007 foi um “ano profícuo para a comissão”.

O deputado Ricardo Tripoli (PSDB/SP) parabenizou Nilson Pinto e disse que a comissão conta com a vocação de André de Paula de presidi-la. “Que nós possamos, juntos, dar uma grande contribuição ao país” – disse Tripoli.

O deputado Luciano Pizzatto (DEM/PR) lembrou que Nilson Pinto geriu a comissão com competência e afirmou que Antonio Carlos Magalhães Neto indicou André de Paula dentro da orientação da comissão. “Não podemos esquecer o desenvolvimento sustentável. Precisamos redirecionar os trabalhos da comissão de modo a acompanhar os países da linha de frente do desenvolvimento sustentável, e o André tem o currículo necessário para ver a questão do desenvolvimento sustentável” – disse.

O deputado Jorge Koury (DEM/BA) disse que Nilson Pinto dispensou tratamento igual para todos: “A comissão funcionou como um organismo harmônico. Aqui, temos um só partido, que é o do desenvolvimento sustentável”.

Presente ao evento, para prestigiar seu colega de partido, o deputado Paulo Bornhausen (DEM/SC) advertiu: “O desafio do meio ambiente é do tamanho do país; o mundo está aguardando que o Brasil assuma a posição de potência no meio ambiente e na agricultura, que se complementam. O Brasil potência ambiental é um tema que precisa de respostas e de ações”.

DECLARAÇÕES DE ANDRÉ DE PAULA – “A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável é uma comissão plural, onde os debates são travados sempre com muita intensidade. Quero abrir a comissão ao máximo, torná-la a mais representativa possível. Aqui, nós temos uma bancada de parlamentares que, por terem especial atenção pelo tema, normalmente se mantêm na comissão; isso vai ser muito útil para que a gente possa continuar a tocar o trabalho, muito elogiado, realizado pelo deputado Nilson Pinto, que deixou hoje a presidência da comissão e que avançou muito com esta comissão. A questão ambiental é a questão do momento e nós vamos tentar fazer com que a comissão responda à altura da importância desse tema” – afirmou o novo presidente da CMADS.

“Vou abrir a comissão por meio de audiências públicas, trazendo para cá ONGs, entidades da sociedade civil, autoridades do governo federal e dos governos estaduais. Apesar de o meio ambiente ser um tema global, uma questão, hoje, que inquieta o mundo inteiro, essa questão é resolvida no município. Então, esse é um tema global, mas que se resolve na prefeitura. Eu próprio tenho um projeto, que apresentei ano passado, na Casa, visando a gerar estímulos para que os municípios que invistam em ações que vise a preservar o meio ambiente possam ter uma recompensa que se traduza num maior aporte de recursos no FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Evidentemente que temas como esse serão discutidos, aqui. Quando eu digo que quero abrir a comissão é porque quero dizer que todos aqueles que tiverem interesse em discutir essa temática só não o farão no âmbito da comissão, que eu julgo ser o foro adequado para essa discussão, se não quiserem, porque não será por falta de convite” – disse André de Paula.

Perguntado se o fato de que o DEM ter ficado com as presidências das comissões de Meio Ambiente e de Agricultura não geraria conflito, André de Paula disse que conflitos são resolvidos democraticamente: “Conflitos são sempre democráticos, refletem o que ocorre na sociedade; eles devem ser dirimidos democraticamente. A minha grande alegria é que nesse processo de renovação partidária, que culminou com o próprio nome da nossa legenda (DEM), a questão do meio ambiente passou a ter prioridade no nosso partido. O próprio símbolo do nosso partido tem a ver com o meio ambiente – é uma árvore. Então, eu acho que isso tudo fortalece muito a minha disposição de fazer deste um espaço que tenha respaldo do partido, dos companheiros, no sentido de defender, de forma muito intransigente, a preservação ambiental”.

REUNIÃO NA PRÓXIMA SEMANA - Sobre os trabalhos da comissão, André de Paula esclareceu: “Nós já temos propostas na pauta, já temos uma pauta razoável para a próxima reunião, que será na próxima semana, e gostaria que os relatores que tinham sido designados anteriormente permaneçam como titulares. Temos também subcomissões que funcionam bem e que eu gostaria de ver continuar funcionando bem. Vou, evidentemente, consultar, auscultar, os companheiros sobre seu interesse de permanecerem nas subcomissões”.