Não é preciso ser integrante do segmento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) para saber das dificuldades enfrentadas por esse contingente de brasileiros. É necessário apenas o compromisso com o respeito ao próximo, a abertura para o diálogo e a vontade de construir uma nação mais humana e inclusiva. Foi nestes termos que o deputado Fábio Ramalho (PV-MG) fez o discurso de abertura do 12º Seminário LGBT do Congresso Nacional realizado nesta quarta-feira (20).

“É dever do Parlamento, e razão de ser da Comissão de Legislação Participativa, pautar seu debate pelas questões de interesse da sociedade, garantindo o direito a todos os segmentos de serem ouvidos de forma democrática”, afirma o parlamentar mineiro, presidente da Comissão de Legislação Participativa.

É o que também ressaltou Jorge Chediek, coordenador-residente do Sistema das Nações Unidas no Brasil: “Temos que apoiar essa luta por um mundo com empatia e sem discriminação".

O deputado Jean Wyllys (PSOL-MG) destacou que é preciso vencer o discurso do ódio. "Tivemos que enfrentar os deputados conservadores para conseguir aprovar este seminário. O discurso de ódio está também dentro do Congresso. Nosso compromisso é confrontar o ódio com a empatia. Nós queremos construir as pontes e dizer a essas pessoas que não queremos alimentar o ódio, mas apenas fazer parte da comunidade de direitos nas nossas diferenças”, afirma o parlamentar que foi um dos requerentes para a realização do evento.

Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), o seminário tem por objetivo reafirmar a humanidade. “Aqueles que se assustam com o beijo, se acostumam com a violência. A vida exige de nós coragem, coragem de amar, de ser e de transformar esse país para que seja uma pátria mãe gentil ", disse.

Após a fala da parlamentar brasiliense, a cantora Daniela Mercury, convidada especial do seminário, beijou na boca a mulher, a jornalista Malu Verçosa. Elas foram muito aplaudidas. Daniela Mercury ressaltou a importância de se lutar, dentro do Congresso, contra o ódio às minorias. E disse confiar nos deputados que compareceram ao seminário e que lutam pelos direitos da comunidade LBGT.

Informações da assessoria da CLP