Presidente do Ipea defende contratação de doméstico via empresa

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, defendeu, no seminário “O futuro do emprego doméstico no Brasil”, que a única forma viável de aumentar a formalização do trabalho doméstico é prever sua contratação por meio de empresas.
18/05/2011 17h38

Segundo o especialista, isso ocorre porque o local de exercício do trabalho é o domicílio, “que ainda se reveste de uma cultura que se origina na colônia, nas relações autoritárias de patriarcalismo”.

Pochmann destacou ainda que, enquanto 70% dos ocupados no País têm carteira assinada, apenas 29% dos empregados domésticos possuem registro em carteira, menos de um terço do total.

Ele acrescenta que a média de remuneração dos domésticos encontra-se abaixo do salário mínimo. Em 2009, a média salarial da categoria foi de R$ 386,45, quando o mínimo era de R$ 475.

A desigualdade racial também é expressiva nesse grupo de trabalhadores. Segundo o presidente do Ipea, em 2009, os trabalhadores domésticos recebiam, em média, R$ 425 – enquanto a média de pagamento para os negros era de R$ 365.

O seminário ocorre no plenário 3.