Palestrantes consideram violações à Jerusalém histórica como desrespeito à diversidade e à tolerância religiosa
A reunião foi presidida pelo deputado federal Leonardo Monteiro, que compôs a mesa de debates com o embaixador do Irã no Brasil, Hossein Gharib, a embaixadora da República Árabe da Síria no Brasil, Rania Al Haj Ali, a vice-Presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil, Fátima Ali e o vice-Presidente do Instituto Brasil-Palestina, Sayid Marcos Tenório.
O debate contou ainda com a presença das deputadas Ana Pimentel, Erika Kokay, Professora Goreth e Rosângela Reis, dos deputados Padre João, Pedro Uczai, Carlos Henrique Gaguim, Hercílio Coelho Diniz, Murilo Galdino, além de representantes de movimentos de solidariedade à causa palestina.
O Embaixador da República do Irã no Brasil, Hossein Gharibi, abre o debate falando sobre o "Quds Day" (última sexta-feira do Ramadã) como "uma iniciativa do Imam Khomeini, logo após a vitória da revolução popular anti-imperialista de 1979 no Irã". Afirma, ainda, que "o significado deste dia é lutar contra a entidade sionista, como fonte de todo mal, injustiça e violações cometidas contra os lugares sagrados de cristãos e muçulmanos na Palestina".
Por sua vez, a representante da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), Fátima Ali, destaca que "o regime do apartheid israelense é rejeitado por governos e entidades de todo o mundo, pelas violações que vem praticando ao longo dos anos, bem como a expulsão dos palestinos de suas casas, como meio de praticar limpeza étnica, racismo que leva à existência de um estado apenas para judeus”.
Seguiu-se, então, a fala de Sayid Tenorio. O vice-presidente do Ibraspal pontua que "a questão central que sempre deve ser lembrada é a grande catástrofe que se representou na ocupação da Palestina há 75 anos, após a declaração do “Estado de Israel” sobre as ruínas de uma terra e povo de mil anos". E acrescenta que "Israel sabe que, do ponto de vista do direito internacional, da Carta das Nações Unidas, de dezenas de resoluções da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Jerusalém não pertence a você e nunca pertencerá".
Por fim, Tenório informa que a Ibraspal realizará "várias atividades diferentes por ocasião do aniversário da Nakba palestina e que buscará uma nova sessão especial da Câmara dos Deputados para discutir o que os 75 anos de ocupação colonial sionista representaram para os palestinos”.
Assessoria de comunicação CLP
Com informações de Quds Press - Brasília