Meio Ambiente: Palestrantes querem Brasil como protagonista na COP-21
Palestrantes e parlamentares que participaram do seminário nesta terça-feira (19), na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Fábio Ramalho (PV-MG), defenderam que o Brasil assuma o protagonismo na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-21).
O Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altiro Ventura Filho, afirma que o Brasil ocupa hoje local de destaque no cenário internacional na difusão de fontes limpas de energia e na promoção do desenvolvimento sustentável. "Na matriz de energia mundial, somente 13% são de fontes renováveis. Isso porque o mundo não tem as condições que o Brasil tem de fonte renováveis. Nós usamos 57% de combustíveis fósseis ao contrário do mundo que utiliza 84%. E pode-se dizer que o Brasil caminha para se afastar da economia de carbono quando se compara com o resto do mundo”.
Altiro Ventura Filho explica que, em termos mundiais, o grande emissor de gases de efeito estufa é o setor energético pela grande utilização de combustíveis fósseis, na faixa de 80%. Existem também a agricultura e a questão dos processos industriais que complementam os 100% das emissões dos gases de efeito estufa.
O diretor do Centro Brasil no Clima e ex-deputado federal, Alfredo Sirkis, explica que o país vive uma crise energética e hídrica. Segundo ele, apesar de toda a riqueza natural, “não podemos deitar em berço esplendido. O Brasil precisa ter metas ambiciosas para a redução dos gases de efeito estufa”.
Segundo o Ministro representante do Itamaraty, Everton Frask Lucero, o Brasil tem condições de conquistar a liderança na área ambiental e a participação na COP 21 é uma grande oportunidade para protagonizarmos este processo. “O desenvolvimento sustentável tem sido um marco, um lastro para a atuação brasileira. E é dentro desta vertente que nós temos insistido, dentre outras coisas, que o novo acordo permita que os países possam buscar um caminho de desenvolvimento compatível aos anseios da sociedade para eliminarmos o problema da mudança do clima”, disse.
Para o deputado Lincoln Portela (PR-MG), moderador do seminário, para que um novo acordo global sobre o clima seja firmado no fim do ano, exige-se um esforço coletivo e uma grande negociação. Serão 194 países membros da COP 21 que apresentarão suas propostas de esforços para combater as mudanças climáticas.
Assessoria de Imprensa da CLP