Há consenso de que sociedade não respeita direitos de homossexuais

18/05/2010 19h05

Um consenso dos debates nesta terça-feira na Câmara é que, apesar de se declarar plural e diversificada, a sociedade brasileira não respeita lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Uma série de campanhas já está em curso para mudar essa realidade. Uma delas é a campanha do Ministério da Saúde “Sou Travesti, tenho direito de ser quem eu sou”, direcionada especificamente a esse público.

Feita em parceria com as próprias travestis, a campanha consiste na distribuição de material informativo, como cartazes e filmes, nas redes de saúde e de educação. Um dos objetivos, segundo o diretor-adjunto de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, é iniciar um movimento de valorização começando justamente pelas travestis.

Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgados no seminário, houve 72 assassinatos de pessoas incluídas em uma dessas classificações até 5 de maio deste ano. Desse total, 38 eram gays; 27, travestis; e 6, lésbicas.

Constituição
Para o 2º vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Domingos Dutra (PT-MA), o seminário realizado nesta terça-feira reafirma a necessidade de cumprir a Constituição. “Compete a nós fazer valer o que está escrito aqui. No artigo 1º, diz que são fundamentos a cidadania e a dignidade da pessoa humana. Mais à frente, está dito que todos são iguais perante a lei.”

Já o presidente da Comissão de Legislação Participativa, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou que os militantes da causa LGBT não querem ser toleradas ou aceitas, mas valorizadas em sua diferença e incluídas na sociedade.

Agência Câmara
Reportagem - Noéli Nobre
Edição - Newton Araújo