As comissões de Legislação Participativa; e de Trabalho, de Administração e Serviço Público realizam audiência pública nessa quinta-feira (5) para discutir as demissões no Banco Santander e denúncias contra a instituição. Em janeiro, cinco meses após o início da fusão de operações com o Banco Real, o Santander anunciou 400 demissões.

O debate foi proposto pela deputada Emilia Fernandes (PT-RS). Segundo ela, é preciso saber de maneira clara, com apresentação de planilhas de custos e explicações pormenorizadas, qual a necessidade de demissão no Santander, tendo em vista que, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, entre março de 2008 e 2009, os bancários perderam 3.300 postos de trabalho.

A deputada também quer explicações sobre a aprovação, com o voto
contrário dos acionistas minoritários, do pagamento de remuneração à diretoria do Santander, muito além de patamares aplicados por outras instituições financeiras.

Por fim, a deputada defende a necessidade de tratamento igualitário
entre os aposentados da instituição, que hoje necessitam recorrer à Justiça
Trabalhista para terem seus direito garantidos, especialmente no que diz
respeito ao reajuste de suas complementações e pensões.

Foram convidados para o debate:
- o presidente do Banco Santander Brasil S.A., Fábio Barbosa;
- o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro da Silva;
- o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino;
- o presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Juberlei Bacelo;
- o presidente da Associação dos Funcionários do Grupo Santander Banespa, Banesprev e Cabesp (Afubesp), Paulo Salvador;
- o coordenador-geral da Comissão Nacional dos Aposentados do Banespa, Herbert Moniz;
- o representante da Associação dos Funcionários Aposentados do Banespa (Afabesp) Yoshimi Onishi.

A reunião será realizada às 9 horas no plenário 3.

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